A GREVE COMO APRENDIZADO DE CIDADANIA!
A Greve como Aprendizado de Cidadania!
Os Servidores do BACEN estão passando por uma sofrida situação.
Nosso salário está sendo rigidamente descontado pela combinação de um entendimento preconceituoso contra o Servidor Público.
A Greve, como direito essencial de um trabalhador, pode ser aviltada pela arma de negar o sustento a este trabalhador, independente da sua Greve ser legal ou não.
O direito de buscar a justiça para discutir o seu caso e só depois de analisado ser penalizado nos é peremptoriamente negado.
Junte-se a isto a hipocrisia da Administração Central do Banco, que diz considerar legítimo o Movimento, mas procura por todos os meios miná-lo.
É corte de ponto imediato, mesmo com alternativas disponíveis.
São reuniões do “Sindchefe” buscando desestimular Colegas, em plena atividade de assédio moral.
Esta mesma Administração é aquela que promove “Semanas de Cultura Organizacional”, na qual distribui Selinhos de Qualidade e divulga Valores como a Transparência.
Infelizmente, divulga, mas não faz, como ficou bem claro no caso da “MP Viúva Porcina”.
A Greve proporcionou uma lição bem clara sobre como devemos “separar o joio do trigo”.
Uma coisa é a Instituição em que trabalhamos e defendemos com “unhas e dentes” como um baluarte de dedicação à sociedade brasileira.
Outra bem diferente é o jogo político que a Administração Central da nossa Autarquia faz com o Ministério da Economia e o Governo Federal.
Aí somos tratados como “parasitas” e privilegiados, versão amplamente divulgada pela imprensa, que acha normais todos os privilégios e subsídios do Capital, porém considera um absurdo o fato de Servidores lutarem por Reajuste após três anos de congelamento salarial.
Já somos vencedores, fizemos o Governo nos ouvir e mostrar as nossas reivindicações, apesar do muro de hipocrisia que nos rodeia.
É importante também assinalar que mesmo depois da Greve as lições aprendidas não podem ser esquecidas.
O valor de um trabalhador não está apenas nos diplomas que ele tem na parede, mas também na disposição que ele demonstra em defender os seus direitos e os dos seus Colegas.
MODELO DE E-MAIL A SER ENVIADO AO PRESIDENTE DO BANCO,
À DIRETORA DE ADMINISTRAÇÃO E AO CHEFE DO DEPES.
ASSUNTO: REAJUSTE SALARIAL URGENTE!!!
presidencia@bcb.gov.br secre.dirad@bcb.gov.br gabin.depes@bcb.gov.br
| Solicito sua urgente tomada de providências com vistas ao Reajuste Salarial dos Servidores do Banco.
Entramos no terceiro ano sem Reajuste Salarial, frente a uma inflação que só no ano passado superou os 10%. É de 26,3 salários a perda acumulada de agosto-2010 a outubro-2021. O Sr., dirigente maior de uma Instituição do Estado Brasileiro tão bem sucedida e premiada, nacional e internacionalmente, não deve fechar os olhos diante da grave erosão salarial de quem produz tais resultados, os Servidores do Banco. Não dá mais para esperar! No aguardo de sua urgente manifestação. |
ATÉ QUANDO?
O gráfico ilustra a defasagem salarial em relação ao patamar de julho de 2010, considerando as três parcelas de reajuste de 5%, concedidas em janeiro de 2013, 2014 e 2015, as parcelas de 5,5%, em agosto de 2016, 6,98%, em janeiro de 2017, 6,64%, em janeiro de 2018, e 6,31%, em janeiro de 2019, conforme acordos celebrados com o governo.
Ressalta o corrosômetro a estimativa1) da perda salarial acumulada de agosto de 2010 a março de 2022, em termos de quantidade de salários atuais (cristalizados desde janeiro de 2019), deixados de receber no período.
1) Somatória das defasagens salariais (incluem as do 13º salário) calculadas em cada um dos meses do período, corrigidas pela variação do IPCA acumulado até março de 2022.
22 de abril de 2022.
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