Edição 6 – 13/1/2020

A hora é a de mostrar a real importância do servidor e do serviço público


O Apito Brasil apresentou, durante a última semana, uma retrospectiva dos principais enfrentamentos travados, em 2019 e em anos anteriores, e perspectivas para o recém-iniciado ano de 2020, nas diversas áreas de atuação do Sindicato. Remuneração, Previdência, Legislativo, Jurídico e o Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC) foram as temáticas selecionadas.

Em meio a importantes vitórias, alguns reveses e lutas ainda em aberto, o balanço exposto testemunha a relevância da representação sindical forte, atenta às mais variadas demandas do corpo funcional de um órgão tão importante, do ponto de vista estratégico do Estado, como o BCB. E isto não seria possível sem o respaldo dos milhares de filiados país afora.

Para 2020, a unidade de ação da carreira, tendo no Sinal a sua voz e dele sendo a força, se mostra como a principal ferramenta de trabalho diante dos desafios que se desenham e do mais adverso cenário para a classe nos últimos anos. A precarização dos serviços públicos vem acompanhada por uma campanha depreciativa e falaciosa, induzindo a opinião pública a pensar que o remédio para as mazelas que assolam o país se resume na implementação de draconianas políticas de ajuste – assim as defende o governo –, envolvendo os servidores.

Um claro exemplo do desmonte em curso é a proposta de reforma administrativa, que deve ser apresentada pelo governo em breve. De acordo com o que vem sendo aventado por fontes do próprio Planalto, o projeto terá como espinha dorsal a redução de carreiras, a elevação de níveis para progressão funcional e a diminuição drástica dos salários de entrada. Vale ressaltar que um primeiro passo deste rearranjo na Administração Pública já está em trâmite no Congresso Nacional, por meio do pacote de medidas econômicas do Executivo, intitulado “Mais Brasil”, que prevê, entre outras disposições, a possibilidade de redução da jornada de trabalho dos servidores em até 25%, com redução proporcional nas remunerações.

O Sinal, como de costume, mantém discussões junto a outras representações do funcionalismo, com vistas a um enfrentamento unificado, diante das diversas frentes de interlocução com poder decisório. No entanto, nada substitui o engajamento da categoria como instrumento de luta contra o avanço do arrocho que já dura uma década. Afinal, o Sindicato não existe em si mesmo, nós o somos.

Participe, filie-se.

Seja ator desta história de lutas e das consequentes conquistas.

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