Edição 018 - 17/03/2020

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

O Apito Carioca passa a publicar, a partir desta Edição, materiais entendidos como relevantes no Combate ao Coronavírus.

SAIBA PORQUE FICAR EM CASA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS


Médicos na Grécia estão compartilhando esta foto, com os seguintes dizeres, e estão tendo muito efeito! “Quem ficou longe dos riscos, se salvou, e salvou todo o resto!”

 

QUAL O PIOR DOS MALES?

Não, não vamos comparar o ministro Paulo Guedes ao Coronavírus.
Se ele nos compara com “parasitas” a vergonha é toda dele e não estamos aqui para brincar com assunto sério.
Uma pandemia se espalha pelo planeta, gerando pânico e colocando os agentes econômicos em extrema cautela.
O resultado disto está mais para 1929 do que 2008.
Os agentes econômicos se negam a operar no escuro, que dirá investir.
As receitas anticrise de 2008 se mostram limitadas. Encher o mercado de liquidez, embora importante, não vai fazer os investidores se animarem: é o medo que os paralisam. A única resposta importante é saber se a atividade econômica irá se sustentar ou não. O que acontecerá com a economia com o já fraco consumo?
Para o ministro não há espaço para fazer política contracíclica fiscal, um palavrão no dicionário liberal. Agem como beatos que se negam a dar uma esmola a um faminto com medo de que ele gaste tudo em cachaça.
Uma das consequências do vírus é inibir atos de consumo e isso é um choque de demanda muito forte, especialmente no setor de serviços.
Por isso, é preciso entrar com a política fiscal, para expandir a demanda agregada e, com isso, compensar a queda do consumo privado gerada pela incerteza do vírus.
A queda do consumo é muito pior do que ter uma deterioração fiscal de curto prazo.
Ela pode gerar uma cadeia de inadimplência, ou seja, as empresas com dificuldades em obter capital de giro veem seu crédito desaparecer e, portanto, começam a ter problemas de pagamentos.
Nesse ritmo, em 15 dias podemos começar a ter eventos de crédito e problemas de liquidez graves.
Se não há pagamentos a inadimplência se expande, chegando aos salários, derrubando a renda dos trabalhadores, e, com isso, também não há consumo e o curto-circuito está completo: bem-vindo a 1929.
É inconcebível que isto volte a se repetir na economia mundial.
Ocorre que o nosso país está sendo gerido por um ministro com a cabeça de 1929.
Dizer que a solução da crise passa pela implementação de uma PEC emergencial que corta 25% dos salários dos Servidores é de um cinismo revoltante.
É colocar os seus objetivos acima do bem- estar da população.
A manutenção da solidariedade entre as pessoas, assim como as práticas sanitárias, deve ser a nossa resposta à COVID-19.
Na economia a resposta obrigatoriamente passa pela manutenção da liquidez, mas principalmente pela manutenção do consumo das famílias.
Na política é hora, mais do que nunca, de cobrar responsabilidade social ao governo e não compactuar com as práticas cínicas e oportunistas do ministro da Economia.
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