Edição 211 – 25/11/2021

Diretoria do BC demonstra indiferença a demandas dos servidores


Por ocasião da Semana da Cultura Organizacional, o Banco Central do Brasil promoveu nesta quarta-feira, 24 de novembro, o evento “Roberto em Campo”, com transmissão para todas as praças, no qual o presidente, Roberto Campos Neto, respondeu a perguntas enviadas pelos servidores. Dentre os pontos levantados, em parte por dirigentes do Sinal, estiveram as perspectivas em relação a um reajuste salarial e ao acordo na ação dos 28,86%.

Questionado sobre a possibilidade da correção de, ao menos, parte das perdas remuneratórias dos últimos anos, Campos Neto apontou as dificuldades políticas e fiscais do momento, a exemplo da falta de previsão orçamentária, como impeditivos. Todavia, não mencionou qualquer movimento feito pela direção da Autarquia junto ao governo no sentido de viabilizar a concessão de um reajuste, por menor que fosse.

No que se refere à busca por um acordo na ação dos 28,86%, o presidente do BC afirmou não estar completamente a par do assunto, não conseguindo indicar quaisquer perspectivas de resolução do tema.

A postura de hesitação quanto ao reajuste e de propalado desconhecimento sobre a questão dos 28,86% se mostra bastante descolada da atuação do Sinal nos últimos meses acerca dos dois assuntos. É sempre válido lembrar que a atual Diretoria do Sindicato dedica, desde maio, atenção especial às demandas – que constam da pauta emergencial aprovada pelos servidores -, tendo explicitado isso em ofícios e reuniões com representantes do BC.

Especificamente sobre a necessidade de supressão da crescente corrosão inflacionária nos salários, o Sinal, conforme divulgado em edições anteriores do Apito Brasil, atua também juntamente à Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP), do Ministério da Economia, e à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Trabalho que seria ainda mais efetivo com o devido respaldo político da chefia do Banco Central.

Portanto, se o reajuste salarial e o acordo dos 28,86% não se efetivarem, a Diretoria do BC, por sua omissão, será a maior culpada.

Mobilização

Em sintonia com as decisões da Plenária realizada pelo Fonasefe e outras entidades representativas de servidores públicos na primeira quinzena de novembro, e em continuidade ao nosso estado de assembleia permanente, o Sinal aderirá ao ato nacional de protesto no próximo dia 8 de dezembro. Na data, haverá um “assembleato”, das 15h às 17h.

Além da manifestação contra a PEC 32/2020 – reforma administrativa -, a atividade, no caso dos servidores do BC, terá como alvos o reajuste salarial 2022 e a instauração de mesa negocial com vistas a um acordo em relação aos 28,86%.

Em Brasília, a mobilização ocorrerá em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados. Nas outras praças, as manifestações serão virtuais. Convocamos você, servidor, a participar desta luta, a fim de pressionarmos a Diretoria do Banco Central no sentido de defender os legítimos interesses da categoria.

Mais informações nas próximas edições do Apito Brasil.

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