Edição 086 - 1/10/2015

E a conta do ajuste fiscal é nossa.


Realinhamento Já!

 Nossa assembleia realizada no dia 29 passado, terça-feira, decidiu que em protesto pelo corte de ponto dos dias paralisados e como forma de pressão para que o BC atue a favor de nosso pleito do ” Realinhamento “, decidiu-se que, ao menos às terças e quintas-feiras, das 14h às 16h, desligaríamos os nossos computadores. 

Nós estamos lutando, com todos os meios, para o imediato êxito de nosso pleito salarial. Converse com seus colegas e convença-os a acompanhá-lo nesse protesto .Aproveite que teremos assembleia no mesmo horário, traga-o para participar das discussões.

Reunião ampliada do Conselho Regional do Sinal-RJ, discute os rumos do movimento e providências para neutralizar o arbitrário corte de ponto

Em reunião realizada ontem, dia 30.09, os membros do Conselho Regional do Sinal-RJ, com a participação de filiados, discutiram o cenário atual, perspectivas e estratégias para continuação de nossa campanha salarial/negocial.

Outro ponto de pauta sobre o qual o Conselho se debruçou foram as formas de neutralizar a ação perversa e arbitrária do corte do ponto com seus efeitos financeiros.

Com o diagnóstico de que cada vez ficará mais difícil nossa luta pela reposição das perdas inflacionárias, está avançando a proposta de que, sem custo inicial para os filiados, o SINAL-RJ, aparte um pequeno montante de suas reservas para a constituição de um fundo de greve que daria apoio financeiro, se necessário, em nossas campanhas salariais.

A propósito, o SINAL-RJ está levantando os dias cortados, para avaliação e providências. Se você está nessa situação e ainda não nos informou, poderá fazê-lo hoje a tarde em nossa assembleia.

 


Assembleia hoje

14h – Entrada da ADRJA

            Pauta:

               * Informações sobre a campanha salarial
               * Continuação da discussão sobre a criação de um fundo de greve.

Compareça, informe-se e opine: só juntos somos fortes!
 

 

 

Suíça confirma contas de Cunha
André Guilherme Vieira – Valor Econômico

 O ministério público da Suíça enviou ontem ao Brasil informações sobre contas bancárias no país do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus familiares. Autoridades suíças começaram a investigar o parlamentar por suspeitas de lavagem de dinheiro em abril. Os valores depositados não foram informados. Em agosto, Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido US$ 5 milhões do lobista Júlio Camargo, segundo a acusação.

O dinheiro teria sido desviado em contratos de aluguel de navios-sonda firmados pela diretoria internacional da Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor da BR Distribuidora apontado como lobista do PMDB, João Augusto Henriques, disse ter tomado conhecimento de conta atribuída a Cunha pelo economista Felipe Diniz. A06
 

Custo dos swaps já está perto de R$ 120 bi no ano
Eduardo Campos e Alex Ribeiro – Valor Econômico
 

Em 12 meses até agosto, o Banco Central gastou R$ 111,666 bilhões para dar proteção contra a alta do dólar às empresas que têm dívidas e compromissos em moeda estrangeira. Os prejuízos do programa de swaps cambiais já chegam perto de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e respondem por cerca de 30% do aumento da dívida bruta do governo no último ano, segundo estatísticas fiscais divulgadas ontem.

As perdas com swaps representam quase um quarto da conta de juros do setor público, de R$ 484,448 bilhões em 12 meses, e são um dos principais responsáveis pelo aumento do déficit nominal, que somou R$ 528,294 bilhões no período ou 9,21% do PIB, recorde histórico. Sem a conta dos swaps, o déficit nominal seria de 7,26% do PIB, ainda assim, um dos mais altos entre os emergentes.

E o pior é que a fatura vai subir. Até 25 de setembro, caminhava para novo recorde histórico em um mês – R$ 44,9 bilhões -, elevando o custo só nos nove primeiros meses do ano para R$ 119,2 bilhões. A perda efetiva depende da cotação do dólar até o fim do mês e a pressão diminuiu um pouco nos últimos dias.

O crescente custo fiscal dos swaps vem fomentando o debate. Alguns especialistas defendem a troca de swaps por venda de dólares das reservas. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, lembrou que a oferta de hedge para as empresas minimiza os impactos sobre o setor produtivo, a renda, a produção, o emprego e a arrecadação. O swap “tem que ser visto em conjunto com outros impactos do câmbio na economia”. Um aspecto favorável é que a valorização das reservas reduz a dívida líquida.

No ano, até agosto, os swaps custaram R$ 74,267 bilhões, mas as reservas subiram, em reais, R$ 227,852 bilhões. A diferença é que, ao contrário das perdas com os swaps, o ganho das reservas não tem impacto fiscal, embora reduza a dívida líquida. Por outro lado, a dívida bruta, principal indicador de sustentabilidade fiscal, em apenas três meses passou de 63,1% do PIB para 67,6%.

E a conta do ajuste fiscal é nossa.

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