Edição 48 – 23/3/2017
E os riscos de RH e reputacional, presidente Ilan?
Após a atabalhoada tentativa de cerceamento da capacitação dos servidores do Banco Central, o corpo funcional se mobilizou contra o desmando e o Sinal presencial e oficialmente informou a diretoria colegiada de que podia estar expondo a autarquia a risco legal, ao impor limitação de direito não prevista em lei.
O fim de parte das restrições à licença capacitação, pela regra limitadora do número de concessões a três quartas partes do efetivo, se as autorizações fossem de 90 dias a cada cinco anos, ou a pelo menos 25% dos funcionários ativos, se os demais usassem somente 30 dias cada em pró de sua formação, ameniza o quadro, mas está longe de ser o modelo adequado à formação de servidores ainda mais qualificados ao exercício da preservação do valor da moeda e da solidez e eficiência do sistema financeiro.
Para mitigar o risco de RH, o banco precisará prover instrumentos para que seu corpo funcional possa de fato qualificar-se por 90 dias a cada quinquênio.
E para enfrentar o risco reputacional, precisa ser transparente na construção de suas políticas de gestão de pessoas, ouvindo previamente os interessados no processo: os servidores do Banco Central do Brasil.