Edição 17 – 25/2/2014

Reunião Sinal / Administração do BCB – 3


Nesta edição, damos continuidade ao relato contido no Apito 14, e no Apito 16, referentes à reunião realizada em 18/2, abordando hoje a questão da valorização das regionais e da flexibilização da jornada de trabalho.


Valorização das Regionais

A administração informou que iniciativas de instalação de polos de trabalho estão em implementação em determinadas especializações na área administrativa, em São Paulo e em Recife, por exemplo, e que as demais áreas do Banco têm sido orientadas a proceder da mesma forma.

O Sinal destacou que a mera alocação de atividades operacionais em algumas das regionais, ainda que relevante no sentido de obter os melhores resultados possíveis com os recursos disponíveis, nem de longe representa encaminhamento adequado para solucionar essa cada vez mais inadiável questão da valorização das regionais.

É importante lembrar que o Relatório da Coordenação do Tema Valorização das Regionais, aprovado na XXV Assembleia Nacional Deliberativa (AND), realizada em novembro de 2012, em Belém, reforçou a importância da presença do BCB de forma abrangente no território nacional.

Para o sindicato, uma das principais evidências do processo de desmonte das representações regionais do Banco é a crescente transferência do poder decisório para Brasília, refletido na também crescente concentração das comissões na sede, assim como nas diferenças gritantes em termos da amplitude de comando, quando se compara esse indicador na sede e nas regionais.

Discutiu-se, ainda, a restrição cada vez maior da participação nos processos decisórios que afetam o trabalho do servidor, que provoca a exclusão, na maioria dos casos, de qualquer possibilidade de participação no processo de formulação do trabalho cotidiano, restando ao servidor apenas a execução de algo anterior e externamente a ele planejado.


Catracas e flexibilização da Jornada de Trabalho

Segundo a administração, o projeto de Flexibilização da Jornada de Trabalho, em elaboração, será submetido aos servidores do Banco e conta com duas premissas: controle eletrônico de frequência (lançando mão de catracas para sua realização) e jornada única de oito horas de trabalho por dia.

O Sinal saúda a submissão do projeto à audiência pública, supondo que haverá abertura por parte do Banco para absorver sugestões e críticas a serem oferecidas pela comunidade BCB.

Repudiamos, no entanto, veementemente o uso de catracas como instrumento de Gestão do Trabalho. Está mais do que demonstrado que o mero controle de entrada e saída de um trabalhador de seu local de trabalho não assegura incremento de produtividade, de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Ao contrário, tal controle conduz muitas vezes a situações de queda de produtividade, de piora do clima organizacional, de diminuição de QVT, de esgarçamento de laços empregado-empregador.

Um Grupo de Trabalho (GT) do Sinal elabora, no momento, Relatório Final de suas atividades relacionadas a esse tópico da Pauta Negocial (ver Relatórios Preliminares dos três Subgrupos do GT no Apito Brasil QVT, Edição 23

 Mais em Apito Brasil – QVT, Edição 9.

 

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