Em busca de uma proposta oficial do governo, servidores do BC mantêm greve

Cadê a proposta? Não foram poucas as oportunidades em que o SINAL manifestou a intenção de negociar com o BC e outras instâncias do governo acerca da pauta dos servidores da Casa. Todavia, aquele que seria o ponto de partida para os diálogos, ou seja, uma proposta a partir das reivindicações da categoria, sequer nos foi apresentado. E deve-se lembrar, ainda, que a minuta enviada ao Ministério da Economia – e, depois, retirada – não foi debatida com as representações do corpo funcional.

Com o prazo para uma reestruturação de carreira e reajuste salarial em 2022 perto do fim, permanece o questionamento inicial deste texto. Segue também a disposição à luta. Em Assembleia Geral Nacional (AGN) nesta terça-feira, 24 de maio, a categoria aprovou a manutenção da greve por tempo indeterminado. A decisão pela continuidade do movimento grevista se dá em grande medida pelo entendimento de que está mais do que na hora de o BC apresentar, oficialmente, uma proposta ou abrir uma mesa de negociação para, de forma célere, se chegar a um acordo, haja vista os prazos legais.

Para debater estes e outros assuntos relacionados à mobilização, logo mais, às 14h, haverá AGN virtual não deliberativa. Confira link para acesso e participe!

https://us02web.zoom.us/j/88368895882?pwd=eVQ3a3piU0ttNXVhcURSbW1SaUtVUT09

(ID da reunião: 883 6889 5882 – Senha: 832570)

No Parlamento

A busca do Sindicato pelo estabelecimento de uma agenda negocial não se restringe ao âmbito do Executivo. Em audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara nesta terça-feira, a deputada Érika Kokay (PT/DF), atendendo a pedido do SINAL, sugeriu que o colegiado crie um grupo de parlamentares para apoio e acompanhamento às negociações (das pautas salarial e não salarial) entre os servidores e a Administração. Assista aqui.

Hoje, 25, o Sindicato já está em tratativas com os membros da CTASP, no sentido de viabilizar, o mais rápido possível, a criação e o andamento do referido grupo de trabalho.

O presidente do SINAL, Fábio Faiad, que também participou da audiência pública, falou da greve dos servidores do Banco Central e fez críticas ao comportamento dos órgãos do Executivo. “A sociedade está tendo um prejuízo que não é culpa dela, mas sim do governo, pela sua intransigência”.

Na oportunidade, criticou também e pediu a revogação do Decreto nº 10.620/2021, que dispõe sobre a competência para a concessão e a manutenção das aposentadorias e pensões do regime próprio de previdência social da União no âmbito da Administração Pública. Conforme destacou, matérias como esta só servem para criar pânico no funcionalismo.

Assista aqui à integra da audiência pública.