Edição 102 – 23/6/2020
Em entrevista, presidente do Sinal alerta para déficit de servidores no BC e suas implicações
Em entrevista divulgada na edição de hoje, 23 de junho, da Folha Dirigida, o presidente do Sinal, Paulo Lino, comenta o déficit crescente de servidores e seus impactos nos serviços prestados pelo Banco Central do Brasil. Sem concursos desde 2013, Lino destaca que até 2022 a Autarquia pode perder cerca de 17% de seu efetivo, o que trará, “consequências graves”.
Na avaliação do presidente do Sindicato, nem mesmo o incremento da tecnologia na Administração Pública será suficiente para aplacar os prejuízos decorrentes do esvaziamento do corpo funcional. “O avanço tecnológico e as plataformas digitais, se por um lado agilizam e facilitam o trabalho do servidor, por outro impulsionam um sem número de novas formas de organizações e operações financeiras, que precisam ser reguladas e fiscalizadas como todas as demais”, afirma.
Apesar do recente pedido por concurso encaminhado ao Ministério da Economia, as expectativas não são as melhores, haja vista não haver, na visão de Paulo Lino “vontade política” no governo. “A verdadeira solução para nossos problemas é a instituição de uma política governamental de valorização do Estado brasileiro, com concursos públicos regulares e específicos para o Banco Central do Brasil, condição necessária para a Autarquia continuar prestando com excelência seus serviços à sociedade brasileira”, observa.
O enxugamento dos quadros da Instituição nas sedes regionais também foi objeto de comentário do presidente: “Há um perigo muito grande nesta política de desidratação das sedes regionais, com grande concentração de recursos e servidores em Brasília, que é o de perder a identidade nacional do Órgão. Entendemos que esta é uma preocupação que deveria nortear a atuação da direção do BC”.
A falta de concursos regulares, segundo ele, prejudica, ainda, a transmissão de conhecimentos entre as gerações de servidores, afetando diretamente a continuidade de uma série de atividades desenvolvidas pelo órgão.
Leia aqui a entrevista na íntegra.