Edição 17 – 30/1/2020

Enquanto aguardam reforma administrativa, servidores têm de lidar com ameaças concretas


Enquanto entre os servidores cresce a apreensão quanto ao teor, ao arcabouço e ao cronograma da reforma administrativa, que o Planalto encaminhará em breve ao Legislativo, matérias já em pauta no Congresso preparam o terreno para as mudanças a serem propostas, ameaças concretas ao funcionalismo, demandando atenção e um enfrentamento contundente.

Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou a veículos da grande imprensa que pretende acelerar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, conhecida como PEC Emergencial. A ideia, segundo o parlamentar, seria apensá-la, após aprovação no Senado Federal, à PEC 438/2018, que encontra-se na Comissão Especial da Câmara, formando um pacote de medidas que visam reduzir despesas com servidores públicos.

Entre outros pontos, a PEC 186/2019 prevê o congelamento dos salários e a possibilidade de redução de jornada de trabalho em até 25%, com corte proporcional nas remunerações. Já a PEC 438/2018 estabelece gatilhos para conter gastos com a Administração – tanto em relação a pessoal quanto a programas sociais e manutenção de órgãos –, de modo a preservar a regra de ouro, instrumento que proíbe o governo de se endividar para custear despesas correntes.

Atentas às ameaças que se avolumam, as representações da classe se mobilizam, com o objetivo de conter a escalada de precarização em tela. O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) tem produzido propostas de emendas às matérias e intensificará os diálogos com o Parlamento. Também prepara novos estudos para subsidiar as discussões e um plano de comunicação focado na valorização do serviço público e no confronto à campanha depreciativa aos servidores que ganha espaço nas diversas mídias.

Na mesma linha de defesa do serviço público, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), por sua vez, definirá nos próximos dias a pauta unificada da categoria, que será apresentada ao governo e ao Congresso Nacional. Na agenda de trabalhos do Fonasefe, ainda, o calendário de ações, que terá como uma de suas primeiras atividades a mobilização programada para o dia 12 de fevereiro, no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.

Mobilize-se também. Esta luta precisa ser travada por todos.

Juntos somos fortes!

Edições Anteriores
Matéria anteriorSinal presente em ato que marca os 16 anos da Chacina de Unaí
Matéria seguinteCN do Sinal se reúne em Brasília; avaliação de conjuntura dá início aos trabalhos