Coordenador de campanha do candidato tucano à presidência promete a criação de um comitê de negociação permanente entre governo e servidor, caso o senador mineiro seja eleito.

Entidades representativas das carreiras típicas de Estado se reuniram, na tarde desta terça-feira, 30 de outubro, na sede do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) com o coordenador de campanha do candidato à presidência da República Aécio Neves (PSDB/MG), Fuad Noman. Em pauta, as reivindicações dos servidores públicos para uma possível gestão do tucano. Entre perguntas e respostas, o representante de Aécio garantiu um Banco Central mais forte e a discussão sobre temas relevantes à autarquia, como a autonomia. Prometeu também a abertura de um canal de negociação permanente entre governo e servidor, caso senador mineiro seja eleito. 

“Serviço público de qualidade se faz com a valorização do servidor”, observou o presidente da Febrafite e do Fonacate, Roberto Kupski, logo no início da reunião, após ler a Carta Programa do Fórum, encaminhada aos presidenciáveis. Fuad argumentou, garantindo que a preocupação do candidato é com a profissionalização no trabalho das carreiras. “Aqui estão reunidos os profissionais da maior capacitação serviço público nacional”, enfatizou, afirmando que na gestão de Aécio, no estado de Minas Gerais, a terceirização passou apenas por setores que não dependem de profissionais de alta qualificação e que os concursos públicos são um “dogma” para o partido, por isso, não serão enfraquecidos. 

Questionado sobre as demandas dos trabalhadores, em grande parte deixadas de lado pela atual gestão, o representante tucano garantiu: “criaremos um comitê de negociação sindical permanente, não só para discutir salários, mas qualquer necessidade da classe trabalhadora”, acrescentou. 

Sobre o Banco Central, tema de constante debate na corrida eleitoral, Fuad afirmou ser um grande desrespeito de outros candidatos, usar a entidade para fazer campanha. Ele prometeu ainda que a autarquia vai voltar a ser respeitada, tanto no Brasil, quanto no exterior, e que Aécio fortalecerá o BC, mas não deu detalhes de quais medidas serão tomadas para cumprir esta promessa. Segundo Fuad, temas vitais para o Banco, como a autonomia operacional e administrativa e o orçamento destinado ao órgão, serão amplamente estudados e debatidos, caso o candidato tucano seja eleito. “Eu já fui servidor do Bacen e o considero a primeira agência reguladora do país. Um órgão de tamanha importância não pode ser contingenciado em suas atribuições”, concluiu.