Edição 163 – 16/9/2019
Fonacate e deputado professor Israel Batista (PV/DF) avaliam próximos passos da Frente em Defesa do Serviço Público
O presidente do Sinal, Paulo Lino, juntamente a lideranças do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) se reuniu com o deputado Professor Israel Batista (PV/DF) na manhã de hoje, 16 de setembro. Em pauta, os próximos passos da recém-criada Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.
O encontro teve como objetivos definir linhas gerais em relação ao discurso político do movimento e um cronograma inicial de atividades. Israel Batista, que coordena a Frente, solicitou ao Fonacate um subsídio técnico e mais informações sobre a realidade do setor público. Para o congressista, é hora de o funcionalismo reforçar seu papel de protagonista das políticas que contribuem para o desenvolvimento nacional. De acordo com ele, esta deve ser a narrativa adotada.
Para o presidente do Sinal, um dos principais desafios de comunicação consiste na derrubada de uma série de falácias, como o argumento de que a estabilidade é um privilégio. “Devemos mostrar que a estabilidade existe no sentido de, unicamente, garantir a segurança ao agente público no desempenho de seu serviço à população”, afirmou.
A reforma administrativa, que estará em discussão no Legislativo ainda neste segundo semestre já desperta as atenções das entidades representativas da classe. Os presentes destacaram que o prognóstico sobre o projeto do governo não é nada animador e irá requerer uma atuação forte no parlamento, com vistas a assegurar os direitos dos servidores e, até mesmo, a própria existência dos serviços públicos.
Lino observou que a categoria está aberta a avaliações de desempenho, bem como outras medidas que visem ao aprimoramento dos serviços. No entanto, questiona as intenções do Executivo.
“Pelo que é aventado nos veículos de comunicação, a reforma administrativa pretende apenas impor mais um ajuste fiscal, sob o manto da tecnicidade”, pontuou, complementando que é preciso deixar claro que o desmonte dos serviços públicos terá como principal vítima a parcela mais pobre da sociedade, que mais depende da cobertura do Estado.
A Frente deve promover, nos próximos meses, um seminário no Congresso para debater matérias de interesse do funcionalismo e difundir o trabalho em defesa da categoria.