Na manhã desta quinta-feira, 14 de abril, o Fórum dos SPF promoveu ato na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, contra o PLP257/2016. Centenas de servidores, mais uma vez, disseram “não” à medida, que precariza e provoca o desmanche do serviço público pelo país, como pré-condição ao refinanciamento de dívidas dos estados com a União, obrigatória em lei. À tarde, em reunião ampliada, o Fórum definiu novas frentes de atuação para a continuidade da luta. Sérgio Belsito, presidente regional no Rio de Janeiro, e Paulo Lino, presidente regional em São Paulo (que também participaram de manifestação junto a servidores do Distrito Federal na quarta-feira, 13), representaram o Sinal nas atividades.

Durante o ato matutino, à porta do edifício-sede da Fazenda, sindicatos, federações e centrais exigiram a retirada da proposta, devido à transferência do ônus aos servidores, bem como a toda população. No entendimento dos presentes, apenas mediante a luta unificada, livre de ideologias políticas e em sintonia com estados e municípios, será possível derrubar o PLP. “É preciso travarmos um embate suprapartidário contra o projeto. Só a unidade, independente de nossos pontos de vista políticos, vai nos garantir sucesso”, afirmou Belsito.

À tarde, representantes das entidades que compõem o Fórum dos SPF promoveram reunião ampliada para definir os rumos da mobilização nas próximas semanas. Após um período de análise conjuntural – em que ficou clara a preocupação com a continuidade da prestação de serviços públicos, caso seja aprovado o PLP e a necessidade de “pôr o bloco na rua” -, foi proposta uma agenda de ações que conta com: remarcação de ato na Câmara dos Deputados, após adiamento devido à restrição imposta durante esta semana; fortalecimento dos fóruns estaduais; reforço no trabalho pelo cumprimento dos acordos assinados pelo governo e organização de caravana dos SPF a Brasília no próximo mês.

As entidades voltam a se reunir no próximo dia 26, em Brasília, para definição logística das atividades.

Nota técnica do Dieese

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nota técnica em que avalia os desdobramentos do PLP 257/2016. O estudo destaca “impactos potenciais sobre os servidores públicos no que diz respeito aos salários, emprego e negociação coletiva” e alerta: “Os servidores estaduais passarão, necessariamente, dois anos sem aumento salarial num contexto de inflação relativamente alta ”.

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