Edição 186 – 26/11/2015

“Hoje, o Brasil não investe dinheiro na fabricação de dinheiro”, afirma Daro Piffer


Durante seminário na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 25, presidente nacional do Sinal criticou falta de recursos para renovação do meio circulante

Durante a realização do seminário “Implicações do Meio Circulante junto à Sociedade”, nesta quarta-feira, 25 de novembro, na Câmara dos Deputados, o presidente nacional do Sinal, Daro Piffer, criticou a falta de recursos, por parte do Banco Central, destinados à renovação das cédulas e moedas que alimentam o mercado brasileiro. De acordo com ele, atualmente, o país “não investe dinheiro na fabricação de dinheiro”, o que acarreta uma série de problemas, como a falta de troco nos pequenos e grandes comércios.

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O discurso do presidente do Sinal foi endossado pelas autoridades presentes, entre eles, diretores da Casa da Moeda e o presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Aluízio da Silva Júnior, que denuncia a “quebra de acordo” do Banco Central, com a redução brusca dos pedidos por moeda nova. Segundo Aluízio, em 2008 o BC realizou um planejamento da demanda para a década seguinte (2009 – 2018). Tendo em vista a tendência crescente, a Casa da Moeda investiu cerca de R$ 900 Milhões na modernização do parque industrial e na contratação de novos funcionários.

No entanto, contrariando o plano inicial, houve uma queda vertiginosa na compra de cédulas pelo BC no último ano, conforme aponta o gráfico.

demanda por moeda

O cenário incerto preocupa o presidente do Sindicato dos Moedeiros. “Corremos o risco de ficar com mão de obra ociosa, pois devido à incerteza do Banco Central, não podemos assinar contratos com instituições internacionais”, ressalta, acrescentando que é recorrente a procura de outros países pelos serviços da Casa da Moeda, que atualmente fornece cédulas para a Argentina.

Ainda no Seminário desta quarta-feira, o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ), que presidiu a sessão, destacou a ausência de representante do Banco Central para prestar esclarecimentos.

Pauta conhecida

A restrição orçamentária à renovação do meio circulante é alvo de críticas do Sinal há tempos. Durante a realização da XXVI Assembleia Nacional Deliberativa (AND), em novembro de 2014, na cidade de Manaus, o Sindicato se reuniu com a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara local para discutir o problema, recorrente na capital amazonense e em inúmeras regiões brasileiras.

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