Edição 056 - 04/08/2020

O OUTRO LADO DA MOEDA

 

O lançamento da primeira família do Real no longínquo 1994 foi uma história cheia de decisões arriscadas.

Décadas de altos índices inflacionários estabeleceram uma linha de produção quase contínua na Casa da Moeda do Brasil.

O tempo despendido entre o projeto de uma nova cédula de numerário e a sua emissão era curto.

Assim, os colegas do Meio Circulante se encontraram num grande dilema ao lançar uma nova família com cerca de 1 bilhão de cédulas.

A tarefa já era por si só “hercúlea”, mas, e depois, o que aconteceria?

O Plano Real não era o primeiro Plano que prometia acabar com a inflação, mas era o primeiro a fazer isto mudando todo o numerário do país do dia para a noite.

Se não desse certo a cédula de R$ 200,00 talvez já tivesse que ser projetada logo em seguida.

Felizmente não foi o caso, pelo contrário.

A nota de R$ 100 teve seu valor catapultado pela paridade cambial do novo Real (R$ 0,85 – U$ 1,00).

Estas cédulas passaram a circular muito vagarosamente, causando um misto de curiosidade e aversão.

Todos queriam vê-la, mas ninguém queria receber uma em pagamento.

E hoje?

Hoje existe um fenômeno em curso no mundo desenvolvido que é denominado como decashing (menor circulação de papel-moeda e maior utilização de meios digitais para transações financeiras).

O resultado é que em determinados países europeus a parcela da população que ainda se vale de recursos em espécie em suas transações diárias é bem pequena.

Ocorre que o maior benefício dessa migração da circulação de riqueza para o meio digital é o maior controle que as autoridades têm das transações, ajudando a coibir crimes que se valem do sistema financeiro, como sonegação fiscal, corrupção e narcotráfico.

Mas, em especial, a lavagem de dinheiro.

Ainda se encontra na memória da sociedade brasileira a imagem de malas e caixas de dinheiro vivo no apartamento relacionado a um ex-Deputado Federal em Salvador (BA), totalizando R$ 51 milhões.

A pergunta, portanto, é por que o Brasil vai na contramão do mundo desenvolvido?

A Europa, por exemplo, já há tempos vem parando de produzir notas de 500 euros.

O ex-Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Lawrence Summers, também já defendeu a ideia de que se pare a impressão da nota de US$ 100, em artigo publicado no jornal The Washington Post.

A novidade brasileira, aliás, está também na contramão de diversas organizações da sociedade civil nacionais, que enviaram, no passado, um ofício ao Banco Central justamente solicitando a retirada de circulação da nota de R$ 100, a fim de ajudar a coibir a corrupção, o tráfico e a lavagem de dinheiro; em nenhum momento a pauta foi pela criação de uma nota que valha o dobro da que se deseja extinguir.

O fato é que, com a nova cédula, agentes que queiram ocultar recursos ilícitos em espécie necessitarão da metade do volume para armazenar a mesma quantidade de dinheiro.

E não somente armazenar: será mais fácil transportar valores substanciais por fronteiras entre Estados e Cidades.

Além disso, facilitará o processo de colocar os recursos ilícitos em instituições financeiras, que é a primeira etapa de um processo de lavagem de dinheiro.

Assim, por exemplo, crimes de corrupção e de tráfico de drogas ganham em mobilidade e o lado da Lei perde em capacidade de identificação de ilícitos.

Faltou um debate democrático na decisão do Conselho Monetário Nacional.

Precisava ouvir os dois lados da questão a fim de evitar distorções na economia e causar prejuízos à sociedade brasileira no longo prazo, dissipando eventuais benefícios econômicos que a nota de R$ 200 pudesse propiciar.


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O estresse de pais que ajudam os filhos com as aulas on-line influencia no consumo de bebidas alcoólicas, segundo estudo realizado nos Estados Unidos. Esses responsáveis têm a tendência de ingerir sete bebidas a mais por mês do que os demais, além de ter duas vezes mais chances de iniciar “bebedeiras”, mesmo sem motivo aparente.

Fonte: https://www.metropoles.com

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