Edição 027 - 14/04/2020

O SUS INVISÍVEL

Reproduzimos a seguir, dada sua relevância, a coluna de Cida Bento no jornal Folha de São Paulo de 2.4.2020.

“As reportagens nunca mencionam o sistema que oferece a maioria dos dados sobre o vírus.

“Assistindo a programas jornalísticos sobre a Covid-19, nas redes de televisão, é possível observar que nunca é mencionado o sistema que oferece a maioria dos dados, imagens e especialistas que aparecem e dão consistência às reportagens: o SUS – Sistema Único de Saúde.

“Por que o SUS, tão presente em nossas vidas neste momento, vem sendo invisibilizado?

“A marca SUS praticamente não aparece nas fachadas dos hospitais públicos, ou em seus ambulatórios e centros cirúrgicos, ou nos jalecos dos médicos, ou nas ambulâncias do Samu, nos uniformes dos
socorristas…? (1)

“Um sistema responsável, diretamente, pela saúde de mais de 150 milhões de pessoas, desenvolvendo ações de vigilância, disponibilizando medicamentos e fazendo atendimentos de alta complexidade, que beneficiam praticamente todos os brasileiros, e estudado e replicado em diversos lugares do mundo.

“Por que o silêncio sobre o SUS?

“Custeado pela União, Estados e Municípios, o SUS é um sistema público, gratuito, universal; é um direito social, e provavelmente por essa razão vem sendo invisibilizado e atacado.

“Caco Xavier e Paulo Capel Narvai destacam em excelente artigo(2) que há um investimento na desconstrução da marca do SUS para viabilizar negócios transformando cuidados de saúde em mercadorias.

“Para isso, é necessário produzir uma imagem negativa do SUS, e atacá-lo.

“Pudemos acompanhar esses processos de ataque às políticas públicas, em particular ao SUS, no  descredenciamento de laboratórios que forneciam medicamentos de alto custo para pacientes transplantados e no encerramento do Programa Mais Médicos, o que afetou milhões de pessoas.(3)

“É preciso lembrar que grande parte de nossa população mora em favelas e depende quase exclusivamente do SUS (80%) para ter acesso a serviços na área da saúde.

“Segundo o IBGE, 52,1 milhões de brasileiros vivem com uma renda domiciliar per capita de R$ 387 mensais (2016).

“E essa pobreza atinge principalmente crianças e adolescentes de 0 a 14 anos (42%), homens e mulheres negras (67%) e mulheres negras chefes de família com filhos (64%).

“A maior parte dos serviços de saúde em favelas ocorre em unidades de Atenção Primária de Saúde, cujo trabalho envolve a atuação de equipes de saúde da família e de agentes comunitários de saúde, segundo o Dicionário de Favelas Marielle Franco.

“Esse último é um programa criado em 1991 objetivando melhorar o acolhimento dos usuários do sistema de saúde, com pessoas da própria comunidade treinadas para exercer funções no sistema e encaminhar os pacientes para profissionais especializados.

“O grande objetivo é o fortalecimento da atenção básica, que desloca o foco do sistema de saúde da cura para a prevenção, com menor custo e mais interação com a comunidade.

“Esse objetivo se choca frontalmente com a intenção evidente do governo de privatizar a atenção básica de saúde, no país.

“O desmonte sistemático da ‘rede de proteção social’ construída no Brasil ao longo dos últimos anos, onde se encontra o SUS, torna-se hoje grave obstáculo para o enfrentamento eficaz da pandemia de coronavírus, podendo levar o sistema de saúde e outras políticas sociais ao colapso.

“Esse cenário nos leva a relembrar o que Achille Mbembe(4) definiu como “necropolítica” – que se explicita quando os governos decidem sobre quem viverá e quem morrerá, e mais, de que forma viverão e morrerão”.

Que estas palavras nos façam refletir sobre o Brasil que queremos reconstruir a partir desta tragédia que vivemos.
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(1) Possivelmente, a única exceção visível seja o ministro da Saúde, ao vestir o jaleco do SUS, que talvez arrependido de seu passado recente contra o Sistema de Saúde Pública, saiba que o fortalecimento do Sistema é o único caminho para combater a pandemia.

(2) O último ataque foi no final de 2019, com a extinção de milhares de postos de trabalho de agentes de Saúde Pública.
Link: https://outline.com/XfNgbp  ou https://oglobo.globo.com/economia/governo-extingue-276-mil-cargos-ministerio-da-saude-o-mais-afetado-24155588

(3) A marca invisível do SUS – Revista “Ensaio e Diálogos em Saúde Coletiva” – dez./2015.

(4) Filósofo e pensador camaronês.

Os ‘parasitas’ como protagonistas

Artigo veiculado no Jornal do Commercio – Manaus 09.04.2020
*Augusto Bernardo Cecílio é auditor fiscal e professor

 

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Favela de São Paulo vira exemplo em ações contra o coronavírus
A comunidade de Paraisópolis se organizou para tentar saber com rapidez quem tem sintomas da doença, quem precisa de ajuda e qual a situação na casa de cada família.


Nutricionista dá dicas para aumentar a imunidade

Bons hábitos e ingestão adequada de certos alimentos ajudam a fortalecer o sistema imune

Todo mundo sabe que manter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para o bom funcionamento do organismo, garantindo assim mais saúde. Em tempos de pandemia por conta do Covid-19, além dos cuidados com higiene pessoal e evitar aglomerações, aumentar a ingestão de alguns alimentos pode contribuir para o aumento da imunidade.

O nutricionista Daniel Novais destaca a importância de se consumir frutas cítricas, como laranja, limão, mexerica e pitanga, além de legumes, como cenoura e tomate, e os peixes, pois são ricos em nutrientes que ajudam na formação das células do sistema imunológico

“De uma maneira geral, a imunidade é fortalecida ao se fazer uma dieta balanceada, comendo pelo menos três frutas por dia, incluindo legumes e verduras no almoço e no jantar e comendo peixe pelo menos três vezes por semana”, explica Daniel.

Além disso, manter um estilo de vida saudável também é uma das melhores estratégias para manter o sistema natural de defesa do corpo sempre forte e eficiente. Por isso, é recomendado não fumar, praticar exercícios físicos leves ou moderados de forma regular, dormir cerca de 8 horas por noite e consumir bebidas alcoólicas com moderação. Estes hábitos devem ser seguidos por todos ao longo da vida, não somente em momentos em que a pessoa encontra-se doente ou com facilidade para adoecer.

Daniel separou uma lista com alimentos mais indicados para aumentar o sistema imune, já que favorecem a produção das células de defesa do organismo de forma mais eficiente. Alguns exemplos são:

Ômega-3: salmão, atum, sementes de chia, nozes e linhaça;

Selênio: castanha do Pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol, frango, queijo, repolho e farinha de trigo;

Zinco: camarão, carne de vaca, frango, peru e peixe, fígado e frutos secos (castanha, amendoim e castanha do Pará);

Vitamina C: laranja, mexerica, abacaxi, limão, morango, melão, mamão, manga, kiwi, brócolis, tomate e melancia;

Vitamina E: sementes de girassol, avelã, amendoim, amêndoas, pistache, manga, azeite de oliva,  azeite de girassol, nozes;

Vitamina A: cenoura, batata doce, manga, espinafre, melão, acelga, pimentão vermelho, brócolis, alface e ovo.
Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/saude/nutricionista-da-dicas-para-aumentar-a-imunidade/


Informes PASBC:

Mudanças no atendimento presencial do Depes (Ambulatório, Direto ao Ponto e PASBC)

Cobertura do exame pelo PASBC

Credenciados para realização do exame pelo PASBC

 

ATENDIMENTO DO SINAL-RJ DURANTE A QUARENTENA

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