Edição 146 – 03/10/2016

Os ataques aos servidores não param


Nas últimas semanas, a imprensa tem veiculado que a nova reforma da Previdência não poupará nenhum setor da grande força de trabalho no país. Como de praxe, recai sobre servidores federais, estaduais e municipais, também trabalhadores da inciativa privada, o ônus pelo desequilíbrio das contas públicas.

Reportagem do Correio Braziliense na última sexta-feira, 30 de setembro, afirma que a contribuição previdenciária do servidor público federal deve subir dos atuais 11% para 13% ou 14%. Ainda segundo a publicação, a medida tomada pela União seria facilmente replicada por estados e municípios. A proposta, que também deve prever a elevação do tempo de serviço de militares, será apresentada nesta terça-feira, 4 de outubro, pelo presidente Michel Temer a centrais sindicais e confederações de empresários, informa o Correio.

Aperte o cinto!

A possível elevação no desconto previdenciário soma-se à imposição dos regimes de previdência complementar aos novos servidores. Aos mais antigos, acentua a deterioração dos salários, que sequer foram corrigidos com base em perdas inflacionárias dos últimos anos. Aos aposentados, não bastasse a injusta e nefasta taxação após anos de trabalho dedicado ao público, a medida surrupia mais uma parcela dos benefícios, já defasados e sujeitos ao desconto previdenciário.

Ao passo que o arcabouço desta nova reforma é elaborado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555/2006 padece no esquecimento, aguardando apreciação pela Câmara dos Deputados e, principalmente, esperando o bom senso do Legislativo e do Executivo. Já dispositivos que reforçam o arrocho, como a PEC241/2016 e o PLC54/2016, são tratados como prioridades em pauta.

Enquanto o “rolo compressor” é preparado, falta ao governo esclarecer à população quais são ou, ao menos, se existem medidas de reequilíbrio das contas públicas destinadas aos grandes lucros e à classe política.

Dias de luta

É hora de intensificarmos a luta. Somente com forte mobilização conseguiremos conter o ímpeto contra a classe trabalhadora brasileira. Veja aqui o trabalho desenvolvido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, saiba mais sobre a falácia do déficit previdenciário e integre-se a este grande movimento.

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