Edição 51 - 13/4/2016

Palavra do Filiado


O Apito Brasil 50 – 12/4/2016 reportou a fala “Não há sentido na cobrança de juros entre entes públicos. Quem cobra juros é rentista”, do presidente nacional Daro Piffer na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, em relação a qual quero registrar minha total discordância. O Governo Federal, por exemplo, para emprestar a um estado, precisa captar no mercado e pagar juros por isto. Não é justo que os contribuintes de todo o País arquem com o custos financeiros do endividamento de um Estado ou Município.

Quem cobra juros não é “rentista”, como disse o Presidente, quem cobra juros é quem tem a noção mínima de Finanças de que juros são o ônus de uma escolha intertemporal em favor do presente. Esse dinheiro alugado não vem de um passe de mágica, mas de um emprestador que: ou abriu mão de um gasto presente; ou precisou buscar de um terceiro – e que pagou por isso.

Acho que o nosso Sindicato deveria consultar as suas bases a respeito, onde poderá verificar que, além de conceitualmente erradas, as assertivas proferidas não encontram eco entre os servidores do Banco Central que o Sinal representa.

Max Meira, de Brasília

Apito Brasil: O governo captou recursos pela Selic e emprestou aos estados e municípios a IGPM mais 6 a 9%.

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