Edição 55 – 3/4/2017

Palavra do Filiado


Sobre Apito Brasil 53, de 30/3/2017, intitulado “Voto pronto para flexibilização da jornada?” faz-se a seguir algumas perguntas relacionadas ao comentado “controle de presença por catraca”:

1.Se há presença e cumprimento de jornada, conforme a lei, por que iríamos continuar assinando a “FOLHA INDIVIDUAL DE PONTO”, instrumento precário de controle?

2. É verdade que há debate em nível estratégico no Banco Central, com articulação para que os Procuradores da instituição não sejam submetidos ao controle eletrônico de ponto, pelo que se lembra agora devido a uma intelectualidade superior no trabalho daqueles servidores?

3. Ações possíveis:

a. Não seria a hora de “flexibilizar” a jornada para além do intervalo entre 8 e 20h, como se está aventando?

b. Não seria o caso de se estimular turnos corridos, facilitando uso de estacionamento, evitando perda de tempo e produtividade com interrupção e retomada de trabalho, evitando-se o trânsito e os gastos no horário de almoço, sempre visando beneficiar servidores, instituição e sociedade?

c. Não seria hora de discutir de fato o trabalho remoto, para já, e não apenas para um grupinho pequeno ou daqui 5 ou 10 anos?

d. Não seria o caso de se trabalhar pela redução de jornada para 7h, ampliando-se, em contrapartida, o atendimento prestado pelo Banco Central e seus servidores para 12h diárias, nos termos da lei?

e. Não é o caso de se buscar tratamento equânime para servidores que trabalham com tecnologia da informação, visto que servidores que fazem tarefas análogas a outros colegas, inclusive com atendimento ao público, não têm a mesma possibilidade de 7h trabalho/dia? Não seria o caso de levantar os casos particulares e tentar viabilizar a mesma possibilidade para todos os servidores, criando-se eventualmente controles e indicadores de qualidade e produtividade?

f. Não seria o caso de se generalizar as situações de trabalho em regime de 6h e 7h, como já existem servidores que cumprem nesta instituição?

4. Afinal, a Diretoria vai atacar o assunto profundamente, ou apenas pró-forma e pró-controle?

5. Afinal, os sindicatos Sinal, Sindsep e SintiBacen vão tratar o assunto com contundência devida e coragem, levando de fato a discussão à categoria, ou vão fazer uma discussão interna e apenas com a Diretoria e com comunicados, alijando os servidores da participação deste tema que pode eventualmente vir agregar visões, interesses pessoais, institucionais e sociais?

O objetivo dessas perguntas é agregar uma visão, eventualmente dando luz a visões análogas de outros, criando-se ainda oportunidade de se vir a conhecer visões contrárias, relativas a temas que, acredita-se, não estão sendo abordados tão amplamente e na diversidade devida; pelo menos não publicamente.

O que mais se pode perguntar e fazer? O que pode ser melhor para os servidores, a instituição e a sociedade? Como podemos transformar verdadeiramente nosso ambiente de trabalho para melhor, para ser mais produtivo, eficaz e eficiente?

Renato Fabiano, de Belo Horizonte


Gostaria de entender qual o motivo de o Sinal repudiar tanto o controle de ponto pela catraca [N. do E.: Refere-se à matéria “Voto pronto para flexibilização?”]. Por acaso temos muitos servidores nesta casa que não cumprem a carga horária necessária de 8 horas diárias (ou 7 horas para quem faz horário corrido e 6 em atendimento ao público)? Para servidores éticos seria até uma prova de compensação de horário caso o servidor precise resolver problemas pessoais no meio do expediente em determinado dia. E outra, enquanto existem servidores que trabalham 5 ou 6 horas enquanto deveriam trabalhar 8 horas diárias, os colegas ficam sobrecarregados. O Sinal acha injusto acabar com esse “privilégio” de alguns? Se não é esse o motivo, gostaria de argumentos mais claros do porquê o sinal é contra o controle pela catraca.

Anna Tavella, de Brasília

Apito Brasil: o posicionamento contrário do Sinal lastreia-se em decisão dos servidores do BC, que entenderam inconveniente o uso da catraca como mecanismo de controle de atividade funcional, ainda mais se aplicado a somente uma das carreiras da autarquia.


Até que enfim o SINAL se mexe contra este governo golpista [N. do E.: refere-se ao Apito Brasil nº 54]! Todos à Greve Geral!

#FORATEMER!

Edilson Queiroz, de Recife

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