PIX É BOM PARA TODOS? PARECE QUE NÃO…
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IMPORTANTE E URGENTE! Começou na terça-feira passada a apreciação, seguida de votação, por Comissão Especial da Câmara dos Deputados, da malfadada “Reforma Administrativa” (PEC 32). Não deixe de ler Artigo de Vladimir Nepomuceno, Consultor Parlamentar do Sinal, que contém análise extensa e profunda da “Reforma”. Clique aqui para ler o Artigo.
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PIX é bom para todos? Há um ano, em setembro de 2020, o economista e ex-diretor do Banco Central, Beny Parnes, criticou de forma incisiva o PIX – novo sistema de pagamentos do BC. De acordo com ele, a ideia do PIX é realmente muito boa, mas sua segurança é extremamente frágil. Além disso, conforme noticiado pela revista ÉPOCA Negócios na ocasião, Parnes também desaprovou a velocidade de lançamento do PIX. |
“O PIX é extremamente frágil do ponto de vista de segurança, porque o cadastro é muito simples. O Brasil não é um país seguro onde você pode andar na rua tranquilamente com o seu celular. Então você terá tudo salvo neste aparelho. Eu até vou fazer uma tatuagem: ‘Eu não tenho PIX’ porque eu não quero correr o risco de ser assaltado na rua e ter que digitar a senha do celular”, declarou Parnes.
O ex-diretor do BC mencionou que as leis de responsabilidade social e de sigilo bancário seriam violadas.
Por que a pressa?
Por um lado, isto não é difícil de entender, agentes financeiros, principalmente fintechs e bancos digitais, lançaram uma disputa para fisgar o cliente.
Todos querem ser a primeira instituição onde esse consumidor vai registrar a chave para transações financeiras.
As novas instituições financeiras estavam ávidas para abocanhar o mercado.
Mas e o outro lado, o lado do consumidor?
Se a rapidez e principalmente a facilidade de realizar a transferência nos colocaria junto de países desenvolvidos, as nossas ruas não estão nem perto deles quando o quesito é segurança pessoal.
Segundo a Autoridade Monetária na ocasião do lançamento do PIX, caberia ao usuário se precaver para não ser lesado.
Simples assim.
Um ano depois as reclamações sobre a segurança dos usuários que instalaram o dispositivo em seus celulares já começaram a pipocar.
O Pix é novo, mas os golpes são antigos.
O aumento de casos de sequestro- relâmpago e de roubos relacionados ao Pix fez com que as queixas se acumulassem nas instituições financeiras.
Até familiares de colegas do Bacen foram vítimas.
Após tantas queixas, apenas quando estas instituições foram ao Banco Central reclamar – isto mesmo, os problemas dos usuários não contavam -, para atender aos bancos é que o Banco Central introduziu medidas de segurança no sistema instantâneo de pagamentos.
As alterações foram divulgadas no último dia 27. Na mudança mais importante, o limite de transferências entre pessoas físicas, inclusive microempreendedores individuais (MEI), cairá para R$ 1 mil entre 20h e 6h.
Em outra mudança, o BC decidiu impedir o aumento instantâneo de limites de transações com meios de pagamento por meios eletrônicos.
Agora, as instituições terão prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivarem o pedido do correntista, se feito por canal digital.
Agora o disco também mudou: para o BC, os mecanismos de segurança presentes no Pix e nos demais meios de pagamento não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuários a riscos.
No entanto, o trabalho conjunto do Banco Central, das instituições reguladas, das forças de segurança pública e dos próprios usuários permitirá reduzir a ocorrência de prejuízos.
Não era difícil antecipar que, apesar da praticidade, as mudanças aumentariam os casos de fraudes, de roubos e de sequestros-relâmpago relacionados ao Pix.
Criminosos aproveitavam da rapidez das transferências instantâneas para aplicarem golpes ou forçarem vítimas a transferir elevadas quantias durante a noite para a conta de laranjas.
O dinheiro era, em seguida, pulverizado para outras contas, dificultando o rastreamento pelas instituições financeiras e pelas forças de segurança.
É lamentável que nossa Instituição ainda veja com tanto descaso o impacto de suas medidas no cotidiano de nossa população.
Não há qualquer problema em se buscar o avanço da tecnologia no sistema financeiro, pelo contrário, este é um diferencial que apenas a capacidade do nosso corpo
técnico possibilita.
Infelizmente faltou o olhar social mais que necessário para as necessidades de boa nossa população.
Não basta ser moderno, nosso sistema financeiro também precisa ser inclusivo.
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