Edição 66 – 13/04/2018
Presidente do BC conversa com servidores; Sinal cobra empenho em relação à reestruturação da Carreira
Em meio às discussões em curso a respeito da autonomia institucional e da restruturação da carreira de Especialista, o presidente, Ilan Goldfajn, e a Diretoria Colegiada do BCB se reuniram com servidores no auditório do edifício da Casa, em Brasília, nesta quinta-feira, 12 de abril. Jordan Pereira, presidente, e Epitácio Ribeiro, diretor de Relações Externas do Sinal, participaram do encontro, que teve transmissão ao vivo e contou com a interação das demais sedes do órgão pelo país.
Na oportunidade, o chefe da Autarquia falou a respeito dos termos da minuta de projeto de lei que está sendo discutida no Legislativo e no Executivo. Muito embora nossas preocupações estejam direcionadas para a definição precisa das atribuições e as prerrogativas necessárias à sua execução, autonomia técnica e qualificação para o servidor e a dupla missão para a instituição – diretrizes que fazem parte de deliberações da categoria em AND e assembleias do Sindicato – o presidente pareceu mais apreensivo com a fixação do período de mandato para a Diretoria Colegiada da Autoridade Monetária, ressaltando que esta previsão legal existe em Bancos Centrais de todo o mundo.
Do auditório e das demais praças, o corpo funcional levantou questionamentos em relação ao realinhamento remuneratório da carreira de Especialista com outras congêneres e ao estabelecimento de nível superior de escolaridade como critério de ingresso ao cargo de Técnico do BC. Destaque, também, para a alteração de nomenclatura para o cargo de Analista. Sobre este tema, Goldfajn voltou a defender a terminologia de Consultor, conforme proposta original da diretoria de Administração, que foi amplamente rechaçada pela categoria, em consulta realizada pelo Sinal em novembro passado. Segundo ele, “auditor não tem jeito”, pois encontra fortes resistências, tanto no governo quanto no Parlamento.
Interpelado sobre a possibilidade de abraçar de forma mais incisiva os pleitos dos servidores, como ocorre em outros órgãos da administração pública, o presidente do BC argumentou que é preciso manter a “racionalidade” no âmbito da interlocução com os demais poderes envolvidos na agenda.
Epitácio Ribeiro cobrou de Goldfajn um compromisso público de que a Diretoria Colegiada irá empreender esforços equivalentes no que diz respeito à autonomia institucional e à estrutura das carreiras. “Nós vamos ser tão incisivos na autonomia, quanto no PL do Planejamento”, garantiu o presidente, observando que as propostas de relativas ao quadro funcional estão sendo debatidas ainda no âmbito do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP).
O Sinal reforça sua disposição em integrar todas as instâncias de discussão das possíveis mudanças, bem como seu compromisso com as diretrizes apontadas pelo corpo funcional do Banco Central do Brasil. Esperamos que a direção faça valer as palavras do chefe da Autarquia, que salientou “interesses alinhados ao melhor para todos os servidores”, que contribuem, dia a dia, para a construção de uma instituição forte, reconhecida internacionalmente e atenta à crescente demanda social.