Edição 0 - 28/08/2003

I N A C E I T – V E L !

Extremamente lament vel o epis¢dio de violˆncia ocorrido
ontem … tarde, 27 de agosto, …s portas do MECIR: os funcion rios, acatando
decisÆo de assembl‚ia de interromper o servi‡o por 72 horas, reivindicando a
continuidade imediata da mesa de negocia‡Æo – interrompida h  dias e sem nenhum
agendamento de uma nova reuniÆo – foram surpreendidos com informa‡Æo de que
estava a caminho uma tropa de choque da Pol¡cia Militar.

Algum assalto? roubo? Nada disso. Chegaram com estardalha‡o 4
ou 5 viaturas da PM com v rios policiais, metralhadoras … mÆo e, pela forma como
se portaram, sem aceitar nenhum di logo ou pondera‡Æo, com certeza receberam
ordens estritas de abrir caminho a qualquer custo. E assim o fizeram com os 50 a
60 funcion rios que, espremidos no portÆo, foram violentamente afastados, nÆo
faltando "gravatas", metralhadora na cara, cadeira voando e amea‡as de prisÆo.
Mas tudo est  filmado (o MECIR tem cƒmeras dirigidas para o local
permanentemente) e o SINAL j  solicitou a guarda da(s) fita(s).

O tempo todo os funcion rios tentaram o di logo, mas em vÆo,
as ordens eram outras.

Tamanha truculˆncia
‚ caracter¡stica de regimes totalit rios. Que pa¡s ‚ esse?

Mas a pol¡cia cumpre
ordens. De onde partiu entÆo tamanha insensatez? O que aconteceria se uma arma
disparasse, ferisse algu‚m ou coisa pior?

A manifesta‡Æo era pac¡fica como ali s tem sido, tanto na
ADRJA como no MECIR, e o Sinal sempre esteve aberto … negocia‡Æo. Por que entÆo,
cara-p lida, a necessidade do confronto? NÆo se dizia que a greve no Banco
Central nÆo incomodava ningu‚m, que o mercado funcionava tranqilo? NÆo seria
uma greve de 3 dias que necessitaria de medidas dr sticas.

Cabe ressaltar que nas paralisa‡äes ocorridas no MECIR havia,
at‚ entÆo, acordos entre o SINAL e o Banco no sentido de procurar evitar maiores
tumultos. Ontem, entretanto, a SUVIG (subunidade respons vel pelo apoio e
seguran‡a do Meio Circulante) extrapolou o bom senso. Quem ‚ ali o respons vel
pela convoca‡Æo e orienta‡Æo … pol¡cia Militar? Foi dali que partiu a ordem ou
veio de cima ou at‚ mesmo de fora? Ainda nÆo sabemos. De qualquer forma, os
funcion rios foram tratados como baderneiros como nunca antes ocorreu na
hist¢ria do Banco Central.

Um governo cujo presidente foi o maior grevista da hist¢ria
do pa¡s nÆo pode permitir que pessoas irrespons veis e com resqu¡cios do regime
militar continuem a ocupar postos de comando no Banco Central do Brasil.

De qualquer forma a greve continua e nÆo vamos nos intimidar.
Continuaremos firmes na nossa reivindica‡Æo porque ‚ justa, nossas atitudes sÆo
corretas e nosso comportamento sempre pautado por dignidade e coerˆncia de
princ¡pios.

Lembramos que …s 10:00 horas poderemos subir todos ao 24§
andar para assistir … palestra sobre Reforma da Previdˆncia com o Dr. Alexandre
Maimoni, de onde retornaremos aos nossos postos, na porta do MECIR e da ADRJA.

MESA DE NEGOCIA€ÇO Jµ!

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