Lessa cai, a ortodoxia “arrocha”: é hora de o BC rever sua missão institucional
crucial o momento em que cai do posto o £ltimo dos moicanos
cariocas no governo Lula, o Presidente do BNDES, Carlos Lessa. Refor‡a-se o
perfil ortodoxo da corrente econ“mica do governo, com a substitui‡Æo de Lessa
por Guido Mantega, ex-Planejamento.
NÆo coincidentemente, isso ocorre no mesmo dia em que sÆo
aprovadas as PPPs. O projeto das Parcerias P£blico-Privadas do governo Lula
prevˆ que o dinheiro do BNDES ‚ que ser utilizado pelas empresas "parceiras",
sem risco algum (veja trechos da entrevista do Senador Pedro Simon, nesta
edi‡Æo).
O Grupo de Trabalho que se encarregou do tema da Autonomia do
Banco Central na recente AND tamb‚m priorizou a necessidade do desenvolvimento,
preconizada mas nÆo exercida, hoje, pelo governo Lula.
E foi por 42 votos a favor, 4 contra e 3 absten‡äes que
prevaleceu um novo conceito de
missÆo para o Banco Central:
"Garantir a estabilidade da moeda com desenvolvimento econ“mico e social, a
solidez do sistema financeiro brasileiro e a prote‡Æo da economia popular."
O GT propäe ainda o comparecimento semestral do Presidente do
BC ao Congresso Nacional para prestar contas de sua atua‡Æo e apresentar
previsÆo para o semestre seguinte, tendo como referˆncia essa missÆo
institucional.
Este ‚ o momento de colocar propostas de atua‡Æo institucional do BC, do qual
fazemos parte e cujo futuro nos diz respeito. Colocarmo-nos a favor de um BC nÆo
independente dos poderes constitu¡dos da Rep£blica, mas aut“nomo em mat‚ria
administrativa, financeira, t‚cnica e operacional. Um BC que se alinhe nÆo s¢
com a estabilidade da moeda, mas com o clamor da sociedade pelo desenvolvimento
que levar o Brasil a dias melhores para todos.