Na Comissão de Ética, nada novo; mas nós, nas assembléias, decidimos paralisar o BC
Num dia de grande expectativa tanto “lá” como aqui, os servidores do Banco Central se reuniram em assembléias para decidir como vão lutar pela sua pauta de reivindicações na Campanha 2005.
Pelo resultado positivo – a maioria absoluta das regionais deliberou pela paralisação parcial em 10 de agosto – viu-se que estamos dispostos a enfrentar o pouco caso do governo com o funcionalismo.
Agora, precisamos ter em conta a importância desse dia para a Campanha 2005:
– o país só está pensando naquilo – o escândalo do mensalão tende a minimizar os movimentos dos servidorespor seus reajustes anuais;
– o recesso/férias de julho acabou, e setembro será tarde demais – a hora é agora;
– há greves de servidores esvaziando-se, pela pulverização de manifestações:
– somos apenas dez regionais, adotando a mesma estratégia – nosso movimento tem que ser contundente, expressivo, maciço;
– temos que lembrar de 2004 – a união trouxe a força, e conseguimos mais do que esperávamos.
Veja quanta coisa está em jogo (entre tantas outras):
– a gramática fundamental do “poderá” pelo “deverá” do PASBC (parágrafo 3 da Lei 9.650, que trata do aporte de verbas, pelo BC, para o Programa;
– Incorporação, para todos, da GQ no percentual de 30% sobre o maior VB;
– a redução de jornada, que o SINAL já demonstrou ser possível, e que o governo rejeita;
– a elevação dos valores das funções comissionadas, para compatibilizá-los com a responsabilidade de seus detentores;
– a modernização do cargo de técnicos.
Relembre no Apito Brasil 62, de 1º de julho passado (veja-o em www.sinal.org.br – Apito Brasil – edições anteriores) todos os pontos que já discutimos com o Banco e o governo. Lá, você vai ver também o que já foi sinalizado como possível – e, se sua memória é boa, você sabe que a maioria das reivindicações está longe de ser concedida.
Se queremos algum fruto desta Campanha, precisamos mostrar nossa disposição de brigar por ele. Fazer ver ao governo que o reajuste de 0,1% se torna cada vez mais risível, em face do “delúbio” de milhões e milhões de reais da corrupção nacional que jorra ante os estarrecidos olhos brasileiros.
Ao dia 10 ! Todos à paralisação !