Edição 105 - 06/10/2005

Queremos a resposta do governo !

 Entre as idas e vindas do SINAL em suas gestões,
os SIMs e os TALVEZes dos parlamentares

Hoje, colega, sua vida foi acrescida de um fato histórico, digno de ser contado aos seus netos: você participou da mais longa e coesa greve já havida no Banco Central.

Completamos dezoito dias ininterruptos de paralisação no Banco Central: batemos o recorde anterior, da greve de 1989 !

Entregue, no último dia 4, a contra-proposta dos representantes do funcionalismo, aguardamos agora uma nova resposta do governo.

Enquanto isso, trabalhamos diariamente em várias frentes.

Fizemos um “corredor polonês” no Congresso, na tarde da terça-feira, para o Ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, quando este se dirigia a uma reunião com a bancada do PT.

Tivemos inúmeras reuniões internas, em que tratamos não só do PCS como de estágio probatório e mobilidade dos servidores. Estivemos, além da Dirad, com representantes do Depes, Diliq, Dipom.

Procuramos também parlamentares de vários partidos, como Dra. Clair, Gustavo Fruet, Delfim Netto, Pauderney Avelino, Edna Macedo, Dimas Carvalho, Jorge Gomes. Todos se manifestaram favoravelmente a interceder no impasse deste momento.

Os deputados do PT, devidamente “enquadrados” por Paulo Bernardo na reunião do dia quatro, fizeram ouvidos de mercador aos representantes do funcionalismo que buscaram seu apoio. É a volta do déjà vu: o governo “popular” contra os “marajás” do BC.

Hoje, cinqüenta colegas de Brasília levaram a uma audiência na Câmara o nosso protesto. Faixas e cartazes dizendo “BC em greve” e “Negociação já” foram exibidas, em silêncio ordeiro e disciplinado, ao público presente, que estava lá para ouvir, entre outros, o Presidente Meirelles em sua prestação semestral de contas à Casa.

Manifestantes da Andes, também na platéia, fizeram um “apitaço”, o que obrigou o presidente da sessão, Ildeu Araújo (sem partido-SP) a pedir silêncio em respeito ao palestrante.

Wasny de Roure (PT/DF) e Pauderney Avelino (PFL/AM), aquele de forma mas incisiva, instigaram Henrique Meirelles a falar sobre a greve na Casa que dirige. Segundo divulgado pela mídia, mais tarde, o Presidente do BC se limitou a dizer que respeita a manifestação, mas que negociação salarial é tema tratado dentro do governo, e decisão coletiva da área econômica.

É certo que nossa campanha vem sendo vitoriosa: PASBC reabilitado – questão fulcral -, rejeição à primeira proposta do governo, o não à GD respeitado, aumento linear, modernização do cargo de técnico, incremento no valor das comissões.

E mais: temos sabido manter uma união forte e responsável em torno de nossas demandas.

Queremos, porém, que o governo analise e responda à contra-proposta encaminhada há três dias. Por isso temos trabalhado, para isso estamos em greve.

Continuamos aguardando seriedade do governo em nossa negociação.

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