Edição 113 - 31/10/2005

Uma nota triste, uma saudade a mais

No alvorecer de domingo faleceu, em Recife, Fernando Sérgio Ferreira da Costa, fundador do SINAL e Diretor Financeiro daquela regional desde os primeiros dias de sua existência formal na cidade, em 1999. Tinha ele 54 anos, e uma embolia pulmonar foi a causa de sua morte.

Engenheiro de Minas, ex-funcionário da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, tomou posse no BC em 93. Religioso, responsável, solidário, discreto e eficiente, bom marido e o bom pai de dois filhos. Brincalhão, dono de jeito calmo e falar suave, Fernando se tornou uma pessoal especial pela simplicidade com que trilhou seu caminho entre os que o conheceram.

Dizer que era o braço direito do Sindicato recifense é pouco e, embora não gostasse de falar em público, não recusava trabalho.

Foi assim que, calcados na confiança e no companheirismo, ele e David Falcão, Presidente do SINAL/Recife, se revezaram sempre na condução da regional. Nas ausências necessárias de David, Fernando segurava a burocracia com o funcionário Berg, e dava suporte às assembléias e demais atividades locais.

Servidor zeloso no BC, não raras vezes recebeu convites para servir em áreas diversas daquela em que atuava ultimamente (STN). Íntegro, gentil e cordial, jamais se lhe conheceram desafetos na Instituição. Além disso, seu caráter e a forma correta com que conduzia a própria vida em muito contribuíram para emprestar mais credibilidade ao Sindicato.

A doença o alcançou com mais intensidade ao longo da nossa greve. No entanto, o sofrimento dos seus últimos dias não o impediu de comparecer ao seu posto de combate, junto às novas guerreiras de Recife – Adriane e Jaqueline. Ainda que por poucos momentos, Fernando reiterou sua disposição de luta por conquistas salariais e valorização profissional do BC.

A notícia do seu falecimento entristece e consterna o Sindicato. Sua lembrança traz a angústia de um lugar vazio, mas deixa o conforto de um legado de honra e cumprimento do dever a ser reverenciado por nós, seus contemporâneos, de todas as gerações do BC e do SINAL.

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