Edição 7 - 01/02/2006

Carta do SINAL dirigida ao Presidente Meirelles ontem

Senhor Presidente,

Reportamo-nos à nossa correspondência SINAL/ NAC-005/06, de 17.01.06, em que solicitamos o agendamento de reunião para tratar do processo de negociação salarial iniciado em 2005, e ainda não encerrado até à presente data.

Reconhecemos naquela oportunidade o papel fundamental que o Presidente do Banco Central poderia ter num desfecho satisfatório para o assunto, objeto de acordo firmado em 20.10.05 e de voto de confiança do corpo funcional dessa Casa, que esperava sua implementação para o dia primeiro do ano corrente.

A prévia do espelho, confirmou-se, veio sem o ajuste acertado, e não há notícias do Projeto de Lei, necessário para confirmar os termos do acordo.

Embora hoje, vinculados ao RJU, os servidores do Banco Central dependam do orçamento e da burocracia governamentais, é a primeira vez que um acordo salarial não é honrado no tempo acertado e nos termos em que foi aceito na mesa de negociação.

O fato se configura uma quebra unilateral de um trato com o digno funcionalismo dessa Casa. E mais grave se torna esse precedente após ter sido divulgado, oficialmente, por Informativo Dirad/Depes de 26 de janeiro último, que o encaminhamento ao Congresso Nacional pela Casa Civil se daria na semana iniciada no dia 23.

A falta de informações, desde então, só acrescenta ansiedade a esse quadro incerto, e os servidores continuam dirigindo ao SINAL a sua cobrança legítima, o que motivou a realização de uma Assemblíea nacional da categoria, com cerca de 500 servidores da Casa participando ativamente, o que deve se repetir na tarde de amanhã.

E esses novos fatos, alheios à nossa vontade, só contribuem para o acirramento de ânimos, que esperamos evitar com uma pronta resposta do Governo ao que foi acordado.

Assim, reiteramos nossa solicitação no sentido do agendamento de reunião em que os fatos em andamento possam ser esclarecidos, e possamos enfim atender às expectativas do funcionalismo que representamos e dar por encerrada a Campanha Salarial de 2005.

Saudações,
David Falcão

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