Edição 35 - 29/03/2006

CORRESPONDÊNCIA DO SINAL À REVISTA VEJA

Transcrevemos correspondência enviada ao semanário Veja, a respeito da nota desta semana, na seção Radar, sobre os três colegas do BC ora prestando serviços à CPMI dos Correios.

Informamos haver enviado, ao JB on line, correspondência tratando do mesmo assunto, dada uma outra notícia, de teor semelhante, divulgada na versão impressa daquele jornal, no dia de hoje, na coluna de Marcia Peltier.

À

Revista Veja
Diretoria de Redação

Senhor Diretor,

A última edição da revista Veja (nº 1949, de 29.03.2006), na seção Radar, de Lauro Jardim, traz, sob o título CPI dos Correios – Relatório Paralelo, uma falsa afirmação envolvendo três funcionários do Banco Central, filiados a este Sindicato.

O titular da coluna diz que Abraão Patruni, Maurício Furtado e Paulo Eduardo de Freitas estariam sendo acusados de elaborar um relatório paralelo, que seguiria uma linha na contramão do oficial, em parceria com o deputado Maurício Rands (PT-PE).

A informação é inteiramente inverídica – os três colegas o afirmam taxativamente, e o próprio deputado acaba de fazer uma declaração pública de falsidade. Foi publicada sem o conhecimento dos três colegas, que, de há muito, prestam subsídios técnicos junto ao Congresso, indicados pelo próprio BC, servindo, portanto, à sociedade brasileira, e não a interesses particulares seus ou de qualquer parlamentar.

É uma pequena nota, porém cheia de categóricas afirmações, bastante adjetivadas. Sem propósito explícito e de forma irresponsável, denigre o trabalho sério dos servidores referidos, e, por extensão, a ética do funcionalismo do Banco Central, cujos préstimos, nos bastidores das CPIs, são de longa data conhecidos e elogiados pelo Congresso Nacional.

Quase como num passe de mágica, uma informação como essa, surgida do nada e plantada em um veículo informativo como essa revista, pode destruir carreiras e honras alheias, construídas com seriedade e caráter durante toda uma vida. Vimos manifestar, portanto, em nome dos três servidores envolvidos e dos servidores do Banco Central, que orgulhosamente representamos, nosso repúdio a essa prática jornalística espúria.

 David Falcão

 

Presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central -SINAL

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