Resposta da Centrus à correspondência do SINAL

Ao
SINDICATO NACIONAL DOS FUNCIONµRIOS DO BANCO CENTRAL

Asssunto: Financiamento Imobili rio.

Refiro-me ao of¡cio SINAL/NAC, de 20.1.03, pelo qual V.S . externa preocupa‡äes com as opera‡äes de financiamento imobili rio concedidas pela CENTRUS a seus participantes.
A prop¢sito, cabe-me informar que o assunto foi objeto de an lise de delibera‡Æo do Conselho
Deliberativo, em reuniÆo de 31.01.03.
Na pe‡a examinada pelo Conselho foi demonstrado que em sua grande maioria, as opera‡äes
apresentam valor presente de presta‡äes, superior ao valor dos saldos devedores, nÆo obstante os reajustes salariais e as promo‡äes se manterem aqu‚m da evolu‡Æo dos ¡ndices de pre‡os que atualizam os saldos devedores.
Em razÆo disso conclui-se pela desnecessidade de eleva‡Æo do percentual de desconto atualmente oferecido como incentivo … antecipa‡Æo da liquida‡Æo das opera‡äes.
Contudo, foi constatado que, no tipo de contrato que rege a maior parte das opera‡äes
realizadas nos anos de 1996 e 1997, apresenta-se uma indesej vel acumula‡Æo de saldos devedores,
em razÆo da parcela de amortiza‡Æo contida nas presta‡äes mensais ser negativa ou insuficiente para amortizar o saldo devedor nas condi‡äes contratadas.
A referida deficiˆncia decorre de fato de terem sido institu¡das condi‡äes capazes de alavancar
o poder de compra dos servidores, … ‚poca, com pouco tempo de Banco Central, que se resumiram na eleva‡Æo dos limites individuais para compensar os baixos sal rios de entÆo e redu‡Æo das presta‡äes iniciais para ajustarem-se …s margens consign veis.
Tais medidas baseavam-se numa carreira que apresentava uma grande amplitude de varia‡Æo
entre os n¡veis iniciais e os finais, com promo‡äes e anuˆnios capazes de gerar um crescimento real de pelo menos 3,6% ao ano.
Como as presta‡äes acompanhavam a evolu‡Æo salarial individual, sua eleva‡Æo real ao longo
do contrato podia chegar a 40%., o que ensejava o aumento gradual de sua capacidade de
amortiza‡Æo, sendo tamb‚m prevista uma revisÆo de seu valor ap¢s o transcurso de ó do prazo total, de modo a assegurar o pleno pagamento do compromisso.
Como a maior parte dos ganhos salariais dos servidores do Banco Central se deu no momento
da transferˆncia para o Regime Jur¡dico énico, ficando assim fora do alcance da cl usula contratual de reajuste, e a nova carreira apresenta menor amplitude de varia‡Æo entre seu in¡cio e seu fim, al‚m de nÆo mais acumular anuˆnios, as presta‡äes estÆo se revelando insuficientes para amortizar o contrato, resultando em ac£mulo excessivo de saldos devedores, que em muitos casos, tendem a
superar o valor de mercado dos im¢veis financiados.
Por ouro lado, observa-se que as presta‡äes apresentam cada vez menor peso na renda dos
mutu rios. Em pesquisa aleat¢ria elaborada com devedores que enviaram e-mail a esta Funda‡Æo
manifestando preocupa‡Æo com essa situa‡Æo, apurou-se que de um comprometimento inicial da
margem consign vel na faixa de 50%, tais mutu rios encontram-se no momento consumindo
somente 30% dessa margem no pagamento de presta‡äes junto a CENTRUS.
· vista disso, decidiu o Conselho Deliberativo oferecer aos referidos mutu rios a oportunidade
de equilibrar seus contratos mediante eleva‡Æo de suas presta‡äes atuais, respeitada a capacidade de pagamento de cada um.
Informamos, portanto, que estamos enviando correspondˆncia a cada um dos mutu rios, cujos
contratos de financiamento imobili rio encontra-se em situa‡Æo de desequil¡brio no sentido de
oferecer os esclarecimentos necess rios e alternativa para que possam conservar seus im¢veis e prevenir-se de dissabores futuros, de acordo com as determina‡äes.
Por derradeiro, coloco-me … disposi‡Æo para outras informa‡äes julgadas relevantes.

Atenciosamente,
Pedro Alvim Junior – Diretor-Presidente
Carlos Roberto Veroneze – Diretor de Benef¡cios