Edição 84 - 18/09/2006

Equiparação Salarial Já!

Com a aprovação da MP 295/2006 no Congresso, já transformada na Lei nº 11.344, de 08.09.2006, o SINAL, além de outras preocupações, volta sua atenção para o diferencial de salários entre os servidores do Bacen e das demais carreiras.

Como todos sabem, não fomos contemplados, no primeiro momento, com o mesmo reajuste dado às demais categorias, visto que nossa MP já tramitava no Congresso quando o governo resolveu modificar sua política de reajustes para os servidores públicos.

Assim, ficamos credores do Governo, não só pelo seu compromisso assumido em mesa de negociação- de que a Receita Federal seria nosso paradigma em termos salariais- como também pelo fato concreto de as demais categorias (Ciclo de Gestão, CVM, Susep, etc.) já terem sido contempladas com o mesmo índice da RF (35%, aproximadamente), embora parte escalonada no mês de janeiro dos anos de 2007, 2008 e 2009 (4% em cada ano).

O fato é que não podemos continuar a receber o tratamento salarial de servidores de "terceira categoria". O justíssimo acerto, para nós do Bacen, que não pôde ser incluído em emenda na MP 295 está prometido, pelo governo, para janeiro/2007 quando finda a restrição da Lei eleitoral.

Desde já, estamos tratando da questão na esfera política. Passaremos, também, a examinar as possibilidades de minimizar as perdas financeiras pelo atraso na concessão dos índices correlatos, assim como tentaremos evitar o parcelamento, na forma realizada com algumas categorias.

O empenho não deverá acontecer somente com o trabalho do SINAL. Cada um de nós , individualmente, deve fazer a sua parte. Devemos, imediatamente, demonstrar em todos os níveis nossa grande expectativa e esperança de que, dessa vez, o presidente Henrique Meirelles busque as melhores condições de negociação para seus servidores, já que o problema passou a ser institucional.

Devemos, também, fazer chegar a todos os diretores da casa, mesmo àquele de área fim ,a importância de seu total e verdadeiro envolvimento na construção da melhor solução dos problemas salariais de seus servidores. O esforço deve ser de todos, sem exceção.

Um novo plano de carreira

Bem resolvida , em janeiro/2007, nossa defasagem salarial, já teremos até lá, o acúmulo da discussão das diretrizes de um novo plano de carreira para os servidores do BC. Necessidade que se faz imperativa, face à impossibilidade de aceitação de qualquer outro novo "remendo" em sua atual estrutura.

Como é de conhecimento de todos, nosso atual Plano de Carreira , em vigor há dez anos, desde o nosso não planejado ingresso do RJU, decorreu de uma inesperada adaptação de nossa antiga carreira " celetista" às limitações de tabelas e de regras existentes no regime atual.

Aquele que vivenciou tal transformação se recorda, a sensação que ficou, à época, foi a de termos calçado um pé número 40 em forma 36. O incômodo permanece até hoje, bem como suas conseqüências.

Com o arrocho salarial promovido pelo governo FHC aos servidores públicos, o jeitinho encontrado pelo administrador foi deformar, ainda mais, o que já não era bom.

Assim, precisamos, urgentemente, construir um novo modelo de plano de carreira que resgate nos servidores a confiança de que sua carreira será valorizada e que nele faça renascer a motivação para toda a sua vida laboral.

Precisamos, urgentemente, de um novo plano de carreira que nos permita voltar a formar e a reter nosso capital intelectual , abandonando a prática de formadores de bolsistas.

Precisamos, urgentemente, de um novo plano de carreira que nos ajude a acabar com as desigualdades e injustiças que hoje são flagrantes entre nós.

Precisamos, urgentemente, de um novo plano de carreira que termine com os "penduricalhos" salariais que sempre deixam a sensação equivocada, para o governo ,de que no BC todos têm as mesmas oportunidades.

Precisamos, urgentemente, de um novo plano de carreira que unifique nossas verbas salariais para que , no futuro bem próximo, limitemos nossas perdas na aposentadoria.

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