42 dias de paralisação
sobre cinco itens que resumem
O governo pediu tempo e interrompeu-se a rodada de negociação da terça-feira última. Retornamos ontem à Mesa, para mais uma longa reunião. Foram mais de cinco horas, fora o atraso de quase duas no início aprazado.
Idas e vindas, aproximações e recuos, momentos de tensão, ânimos exaltados, interrupções para consultas de ambas as bancadas, e outros movimentos próprios de embates da espécie.
Ao final, obteve-se na Mesa um conjunto que contempla cinco itens, que levaremos hoje às assembléias. Visamos assim pôr termo, após 42 dias de paralisação, à mais longa e desgastante das nossas greves. Você os conhecerá ao final desta mensagem.
Veja aqui as informações, passo a passo, do decorrer da negociação de ontem:
1- 2ª parcela de julho para janeiro/2008;
Duvanier Paiva diz que só temos dois pontos de atrito:
1) dias de greve e
2) alguma parcela para 2007.
– a "reposição" do trabalho não feito serviria de justificativa para retomarmos 2007?
Respostas:
1- Utilizar nossa tabela, aquela com A1=B1;
2- Incidência da parcela móvel (aquela era junho de 2008) para dezembro de 2007, 2ª parcela (a que era 1ª) em janeiro/2008 e a 3ª em janeiro/2009.
3- Discussão dos dias de greve após o retorno ao trabalho.
Duvanier Paiva afirma que, se concordarmos em subtrair essa demanda do salário inicial, a proposta estará além do seu mandato, mas é defensável junto ao ministro.
Gustavo Matos diz que o salário de ingresso é parte integrante do plano de cargos e salários e que não pode nesse momento rever esse assunto. Ele não conhece a posição da Diretoria do Banco, não existe unanimidade no BC a esse respeito e essa discussão nesta Mesa não vigora.
Marilene Lucas diz que essa questão é um problema, e que não existe eco, no corpo técnico do MPOG, para essa proposta.
Vladimir Nepomuceno diz que o sonho da Fasubra é aumentar o gradiente entre o início e o fim, e que nossa demanda vai no sentido oposto à de qualquer sonho de qualquer técnico administrativo sobre um plano de carreira. A discussão pode ser feita, mas não nesta Mesa.
Debates a respeito do tema prosseguem.
Teria, portanto, que levar o assunto para a Diretoria do Banco, e que não o fará.
Informa que seu compromisso é iniciar a discussão do PCS em setembro de 2007.
Para tanto, contratará empresa de consultoria e chamará os sindicatos para a discussão, e esse compromisso é o que ele irá cumprir.
Afirma que esse compromisso é do BC, e não do Governo.
Novo intervalo para a bancada BC/MPOG levar a proposta sem B1 para o Ministro.
Consultado, pelos representantes do governo à Mesa, o ministro Paulo Bernardo, este concordou com a proposta construída na mesa de negociação:
1) Implantação das tabelas na estrutura proposta pelo Governo nos seguintes termos:
a) a parcela móvel (antiga 2ª parcela) incidirá em dez/2007, aproximadamente 4,84% de impacto na folha;
b) a antiga 1ª parcela, aproximadamente 17,65%, em jan/2008;
c) 3ª parcela, aproximadamente 5,18%, em jan/2009;
2) Implantação por Medida Provisória, em tempo hábil para o cumprimento do acordo. A decisão sobre MP é da Casa Civil, que deverá seguir o acordado pelo MPOG;
3) Negociação dos dias de greve (*)após o fim do movimento, não condicionada à efetividade dos itens acima.
(*) ficou pré-agendada reunião no MPOG na próxima terça-feira, dia 19.06.
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