O seqüestro dos nossos salários
Dirad impõe condições para devolver os dias descontados
Mesmo depois do SINAL ter conseguido, com o apoio de parlamentares, a garantia da devolução dos dias em greve por via administrativa no BACEN, a DIRAD não mexeu uma palha e continua protelando o pagamento, o que já poderia ter sido feito há quase duas semanas.
Sob a esfarrapada alegação de que "quer aguardar a assinatura do Acordo", o Diretor vai deixando passar os dias, como se esperasse o surgimento de um fato novo que faça voltar tudo a estaca zero.
Começa a ficar claro que o nível de empenho e dedicação demonstrado pela alta direção do Banco, quanto à devolução de quase um terço dos nossos salários, é igual a zero, o que nos leva a pensar que, desde o início, eles estiveram por trás da tunga dos nossos proventos.
Será que corremos o risco de ter de voltar ao Congresso para solicitar, novamente, o apoio dos parlamentares, em virtude da omissão de quem deveria ser o principal interessado nessa devolução?
Diretor Gustavo, esse dinheiro não lhe pertence e por isso não pode ficar refém da sua vontade. Aja com a mesma altivez de seus pares do IBAMA e do MINC que não se curvaram e procederam de forma correta, devolvendo o que não lhes pertencia.
A assinatura do acordo salarial não tem a ver com o passado e sim com o futuro, por isso, nossos salários descontados não podem ficar servindo de resgate, o que nos faz supor que pode vir por aí mais uma surpresa de última hora, com a sua conivência.
O que o Senhor quer? Levar o funcionalismo do Bacen ao desespero, e a explosão de uma nova greve? Pois bem, saiba que não falta muito.
Devolução imediata dos nossos salários.