Edição 154 - 14/12/2007

Novos passos, velho desafio …


Por mais que saibamos que não há qualquer relação entre salários de servidores públicos e a CPMF, tanto a mídia quanto o Governo procuram associar uma coisa à outra. O fato é que se procura jogar parte da conta nas costas do funcionalismo, que nada tem a ver no embate entre governo e oposição.

Temos recebido inúmeros telefonemas de colegas, preocupados com o que o SINAL vai fazer ante tantas notícias divulgadas na imprensa sobre o não cumprimento dos acordos já assinados durante este ano, dada a perda de arrecadação do governo em 2008.

O funcionalismo é testemunha de todo o esforço do SINAL ao longo deste ano, pela assinatura do acordo, o que finalmente se deu em 26.11.

O SINAL, atento permanentemente às idas e vindas dessa campanha que não acaba nunca, já está em campo buscando o Presidente Meirelles, demais autoridades competentes e, no Congresso, o efetivo cumprimento do acordo estabelecido, a despeito das más notícias que nos chegam.

A reunião com o novo titular da Dirad, no dia 12.12, foi o primeiro dos passos nesse sentido. Anthero Meirelles, recém-chegado, infelizmente não se comprometeu com nenhuma das reivindicações que lhe levamos, conforme se pode inferir do que foi dito na reunião, cujo resultado foi divulgado no Apito Brasil 153, de ontem.

A situação é grave e tensa, não só para nós, servidores do BC, mas também para aqueles que já têm acordo assinado, tanto quanto para os que estavam em adiantado processo de negociação. Todos vivemos um momento de apreensão.

No entanto, não podemos tolerar a falta de compromisso do governo com o acordo feito com o Banco Central: nossa campanha é (ironicamente) oriunda de 2005!

Nosso acordo está assinado, sacramentado: isso merece tratamento de respeito. Não só O FUNCIONALISMO, mas a própria INSTITUIÇÃO – o Banco Central – devem ser tratadas com seriedade.

O governo está em campanha para colocar sobre a Oposição a culpa de não atender aos reajustes de servidores.

Cabe perguntar: e a culpa do governo? Sua falta de palavra, suas delongas, seu pouco caso no trato com o funcionalismo?

Estaremos em Brasília, na semana que vem. Nossa Diretoria Executiva fará todos os esforços, junto ao Banco, governo e parlamento para ver confirmado o que foi acordado.

O SINAL está atento, articulando apoios e informando a categoria sobre todos os passos para o cumprimento do acordo.

E o Bacen, o que fará? Este é um excelente desafio para o Sr. Anthero Meirelles mostrar que faz diferença à frente da Dirad. É o que se espera. Ou, novamente, teremos que paralisar nossas atividades para exigir a implementação do que foi acordado?

Aos servidores cabe manter a vigilância e cobrar, por todos os meios possíveis, o cumprimento do acordo.

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