Edição 1 - 09/01/2008

Nossa palavra ao funcionalismo


Estamos todos fartos de saber que nada temos a ver com a CPMF.  Nem nós, nem a Advocacia da União, nem os demais servidores federais, cujos acordos foram assinados ou que estejam em negociação.

O acordo com as categorias do Fórum da Advocacia da União deveria ter começado a valer em novembro: em dezembro, seria implementado. O nosso um mês depois. Em ambos, o Governo se encontra em "mora".

Sabemos como essa experiência pode ser frustrante.  Desde junho, esperávamos nosso salário de janeiro já acrescido da primeira parcela do reajuste, além do reflexo no 13º salário.

O desacerto entre Governo e Oposição, e a conseqüente derrubada da CPMF, foi a desculpa perfeita para o discurso "enrolador" dos representantes dos ministérios.

Adicionalmente, o governo foi coadjuvado (e nisso altamente ajudado) pela balela do "Estado enxuto ou mínimo" de setores da mídia. A propaganda contra o funcionalismo público – nossa velha conhecida – iniciada pelo caçador de "marajás" e alimentada nos governos posteriores, só fez colocar nas mãos do governo mais faca e mais queijo. 

Como servidores públicos, temos (e não temos) patrão: quando temos, tocam-nos os deveres; quanto aos direitos, são suprimidos, distorcidos, desrespeitados, e não temos ninguém por nós, restando-nos abrir nossos próprios caminhos.

Somos seis as categorias com acordos assinados: demos a largada para o trabalho conjunto com o Fórum da Advocacia da União.

Parceria, mobilização, atuação maciça – do Sindicato, do funcionalismo, das entidades de mesma vivência: é o de que precisamos.

Ou nos unimos agora para chamar a atenção para esse desrespeito, ou o momento passará.

Todos os nossos passos estarão sendo transmitidos a vocês.

O Conselho Nacional do SINAL se reunirá hoje, para detalhar ações nos âmbitos interno e externo para tratar do descumprimento do acordo pelo governo.

À luta, Banco Central!

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