Edição 7 - 17/03/2009

SuspensãoSuspensão de reajustes não resolverá a crise econômica. de reajustes não resolverá a crise econômica.

O SINAL tem acompanhado, com a máxima atenção, as manifestações dos representantes do Governo Federal, bem como as matérias publicadas nos noticiários, escritos e falados, com relação ao cumprimento dos acordos que determinam o pagamento da 2ª parcela do nosso acordo, em julho/09, conforme previsto na Lei 8.890/08.

É importante esclarecer que não houve, até agora, nenhum comunicado oficial, seja do MPOG, do Ministério do Planejamento ou mesmo da Presidência da República, referente a suspensão, ou mesmo adiamento do nosso reajuste. O Ministro Paulo Bernardo e Duvanier Paiva (MPOG), até o momento, embora preocupados, desconsideram a hipótese de suspender os reajustes. De concreto está prevista uma reunião ministerial para o dia 20 de março (6ª.f).

O próprio Ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou, na semana passada, que a economia brasileira já apresenta sinais de recuperação neste primeiro trimestre e deve crescer no período, após os dados fracos do final de 2008.

Por outro lado, órgãos de imprensa, particularmente, Globo, Estadão e Folha tem sido pródigos em matérias e editoriais apontando a eminente suspensão dos reajustes, tirando conclusões a partir de suas próprias conjecturas, e desprezando as fontes oficiais, no caso, os representantes governamentais.

Será que o principal interesse desses "formadores de opinião" é jogar centenas de milhares de funcionários públicos, que aguardam o cumprimento dos acordos salariais, contra o Governo Federal num período pré-eleitoral, ou será que guardam alguma notícia na manga do casaco? Se guardam, deveriam divulgá-la, em vez fazer meras especulações, prevendo o pior dos mundos.

Porém, não se deve subestimar a pressão que essas empresas de informação podem fazer e o estrago que podem causar, forçando o Governo a reconsiderar a questão e postergar nossos reajustes.

O Governo sabe que não será suspendendo acordos salariais que conseguirá neutralizar  os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira, mas sim buscando a retomada da atividade econômica, como por exemplo, a decisão tomada na última reunião do COPOM, de acentuar a política de redução dos juros, criando condições para a redução do custo do crédito.

A suspensão dos reajustes, caso venha a ocorrer, deflagrará um sentimento de desrespeito aos acordos estabelecidos, e colocará em estado de mobilização, categorias que tem uma importância estratégica na resolução da crise e na retomada do crescimento, dentre elas, as carreiras do Banco Central, da Receita Federal do Brasil, Tesouro Nacional e da Procuradoria da Fazenda Nacional.

 O SINAL já vem mantendo, e pretende ampliar, contatos com representantes do Governo e com as demais entidades representativas das carreiras típicas de Estado, dentre elas, a Unafisco, Assecor e Fórum da Advocacia, para estabelecimento de uma ação conjunta em defesa do nosso reajuste.

O acordo virou lei, e lei se cumpre!

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