Centrais sindicais – debate no Rio de Janeiro
Para conhecimento de todos, reproduzimos aqui a palestra (que foi seguida de um debate sobre a matéria) de Paulo Eduardo de Freitas para o funcionalismo do BC no Rio, no dia 4.3.10.
Na ocasião, o primeiro presidente nacional do Sinal falou sobre os motivos principais alegados contra ou a favor da filiação a uma central, destacou alguns momentos da história sindical no Brasil e levantou aspectos jurídicos sobre se montar uma central própria.
Com a isenção possível em matéria delicada e controversa, Paulo Eduardo levanta os argumentos pró e contra, e sugere a adesão por três anos, como uma salvaguarda contra o insucesso de uma decisão definitiva.
Veja alguns trechos:
Há, pois, razões alicerçadas no sentimento de cada um de nós para ser a favor da filiação ou contrário à filiação a uma central sindical. Esses sentimentos são a fonte de nossos juízos, da aceitação do certo e do errado, que dão determinadas certezas a cada um de nós. Em regra são, na divergência, inconciliáveis.
(….)
Pensar em solução com base na estratégia mais necessária leva a dois pontos essenciais:
1. SALVAGUARDAS;
2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA A FILIAÇÃO.
(….)
O conteúdo programático tem a finalidade de dar uma razão externa à vontade de cada um de nós para a filiação ou não. A filiação precisa ter uma base objetiva. Quero me filiar para quê? Torna-se um conteúdo a ser avaliado periodicamente, por exemplo, a cada seis meses.
Exemplos:
§ Apoio para a autonomia do Banco Central. Se alguma central sindical for contra a autonomia, estamos fora.
§ Apoio para aprovação das PECs 210, 270 e 555. Se alguma central for indiferente ao assunto estamos fora.
§ Apoio para arquivar o PLP 549 – o projeto de lei do arrocho salarial contra os servidores. Se alguma central for a favor do decreto, estamos fora.
§ Adesão a campanha de imagem positiva dos servidores públicos.
§ Defesa dos servidores públicos quando agredidos pela imprensa ou por políticos.
Seminário do Sinal com as centrais sindicais