Edição 95 - 16/07/2010

Reciclagem de dinheiro velho: vitória do Sinal na defesa do meio ambiente

Tudo começou com a preocupação do presidente do Sinal-Belém, José Flávio Silva Corrêa, com os aterros sanitários a céu aberto onde eram jogadas onze toneladas de cédulas dilaceradas do BC, impregnadas de substâncias químicas.

 

Daí a encomendar a Carlos Costa, agrônomo e professor da Universidade Federal Rural da Amazônia, um projeto de utilização sustentável desse lixo, foi um pulo.

 

A parceria deu certo: onze toneladas de papel-moeda picado tornam-se dezessete toneladas de compostos orgânicos, quando misturadas a resíduos de flores, frutas, folhagens, árvores, chuchu e casca de banana.

 

O resultado é um excelente adubo orgânico, que fica pronto para uso em 45 dias, e será distribuído gratuitamente aos pequenos produtores do Pará, cujo custo com adubo químico é um dos maiores problemas para suas plantações.

 

O procedimento pode ser estendido a todas as regionais do BC no Brasil, beneficiando outros pequenos agricultores.

 

Foram quatro anos de pesquisas com o incentivo do colega José Flávio que, grande inspirador e entusiasta do projeto, levou-o ao Banco Central.

 

No FSM de Belém, em 2009, a ideia foi apresentada num filme de 20 minutos que registra as etapas da compostagem, já dentro da parceria estabelecida entre o BC e a UFRA.

 

Trâmites burocráticos e jurídicos encerrados, o convênio foi firmado ontem.

 

A assinatura do Convênio de Cooperação Técnica e Financeira entre o Governo do Estado do Pará, a UFRA e o BC aconteceu no Centro Integrado de Governo daquele Estado, às 17h.

 

Presentes o Secretário de Estado de Governo – nosso colega Edilson Rodrigues de Souza -, os representantes da Universidade, Paulo Santos e Carlos Costa (este o realizador da pesquisa), João Sidney de Figueiredo Filho, Chefe do Mecir, o Gerente da Adbel, Gontron Magalhães Júnior, diretorias do Banpará, Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa da Amazônia) e Ceasa (Central de Abastecimento, que fornece os resíduos orgânicos para o projeto).

 

A imprensa local deu cobertura ao evento, que destaca o papel do Banco Central neste "bem bolado" e articulado projeto de desenvolvimento sustentável.

 

Conhecido e querido nos meios acadêmicos paraenses, o Sinal quer agradecer e, mais uma vez, dar os parabéns a José Flávio, seu Presidente regional em Belém, pela iniciativa e incansável trabalho pela consecução do Convênio.

 

Veja aqui matéria veiculada n'O Liberal, de Belém, no dia de hoje.

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