Edição 96 - 27/07/2012

Mobilização das Carreiras de Estado ontem, 26, em Brasília, denunciou descaso e autoritarismo da Presidente Dilma Rousseff com servidores federais

 

Edição do Decreto 7.777/2012, da Presidência da República, foi destaque do protesto realizado em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A Campanha Salarial dos servidores das Carreiras Típicas de Estado vai chegando no final do prazo dado pelo governo para as negociações, 31 de julho, sem propostas apresentadas pelo Planalto. As categorias devem realizar assembleias na próxima semana para deliberarem sobre a paralisação das atividades.

A mobilização de ontem, em Brasília e nas Regionais (relatos abaixo) mostrou a unidade das direções sindicais participantes do fórum das entidades e sua determinação em prosseguir na luta pela recomposição salarial e a reestruturação das carreiras.

Participaram do ato na Capital, além do grupo das 22 entidades, dirigentes sindicais de servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, representantes dos bombeiros e da polícia civil do Distrito Federal e o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira.

O Sinal destacou-se pela utilização de bonés azuis. Nas intervenções, falaram pelo sindicato os presidentes da nacional, Sergio Belsito, e da Regional Brasília, José Ricardo.

O ato mostrou que a presidente Dilma conseguiu um feito incrível com a edição do decreto-ditatorial 7.777, de 14 de julho: a indignação geral e unificada de servidores da União e das unidades da Federação.

Todas as intervenções, em Brasília e nas assembleias dos estados, denunciaram o decreto como uma afronta ao Estado de Direito. Nem mesmo no período da ditadura o governo mostrou esse tipo de desrespeito. Os variados presidentes militares optavam pela proibição da existência de direções sindicais, mas não tentavam jogar uma contra a outra ou, ainda, não “oficializaram” o chamado fura-greve.

Já são várias as manifestações das categorias de servidores estaduais e municipais em apoio ao nosso movimento. Todas afirmam que não irão assumir as atividades que tenham prerrogativas das categorias federais.

Durante o ato também foi lembrado que o governo tem feito chegar às entidades representativas dos órgãos de segurança a informação de que não teme greves durante a realização de grandes eventos, como as olimpíadas, por exemplo, porque estaria preparado para colocar o exército na rua. Ou seja, embora transviada de “esquerda”, esses gestos da atual gestão do Executivo Dilma significam uma ditadura nos moldes que todos conhecemos e, que, infelizmente, pensávamos que ficariam apenas na memória e nos livros de história.

O presidente nacional do Sinal, Sergio Belsito destacou que faltam somente 885 dias para acabar o governo Dilma. O sindicato apresentou um cartaz (abaixo) destacando que os salários hoje pagos aos servidores do Bacen, quando comparados aos de janeiro/1994, correspondem a, aproximadamente, 76,58%, ou seja, nesse período registramos um perda salarial de 23,42%!

A manifestação trouxe a público, ainda, o valor do salário da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Há poucos dias, Belchior disse que enquanto os sindicalistas brasileiros reivindicam aumentos (na verdade, revindicamos recomposição das perdas salariais), na Europa, principalmente na Espanha, os servidores públicos estão perdendo seus ganhos, direitos e até seus empregos.

Salário da ministra Miriam Belchior

R$ 26.723,13 + R$ 16.479,45 = 2 Jetons da Petrobrás de R$ 8.239,25

Total de R$ 43.202,58

 

Galeria de fotos do Ato em Brasília

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