Edição 71 - 30/07/2012

MANIFESTAÇÃO CONJUNTA DO DIA 26/07 REAFIRMA: É PRECISO UNIÃO

A manifestação conjunta das carreiras típicas do Estado ocorreu no dia 26/07, em frente ao Ministério do Planejamento e Orçamento durante toda a parte da tarde. Estiveram presentes 26 entidades representativas e cerca de 1000 servidores.

O MPOG tentou desarticular o encontro das carreiras de Estado, proibindo o estacionamento do carro de som na área do estacionamento. Isto retardou um pouco as falações, mas não impediu que os servidores e seus representantes manifestassem sua insatisfação quanto ao descaso com que o governo trata a remuneração dos empregados do Estado brasileiro. O foco dos discursos foi o Decreto 7777/2012, o autoritarismo do atual governo e a necessidade de união das carreiras.

O Decreto 7777/2012 permite convocação de servidores estaduais e municipais para fazer o trabalho dos servidores federais em greve. O que está implícito no decreto é a suposição de que outros servidores poderiam executar o trabalho de servidores extremamente qualificados e rigorosamente selecionados. O Decreto foi considerado inconstitucional e um ato de desespero de um governo acuado e pouco disposto a garantir o bom funcionamento do Estado brasileiro. O presidente do Sindifisco, Pedro de La Rue, disse que em muitos estados os servidores estaduais e municipais já disseram que não aceitarão a convocação.

Muitos se indignaram em saber que a ministra recebe, além de seu salário de R$ 26.700,00, mais R$ 16.000,00 de jeton da Petrobras, sem descontos (nem IR e nem CPSS), ao mesmo tempo em que considera um absurdo que os servidores concursados queiram manter o poder de compra de seus salários.

Quanto à natureza autoritária e pouco propensa a negociação do Governo Dilma, muitos compararam o governo com o do ex-presidente Fernando Henrique, que buscou desarticular o Estado Brasileiro, punindo seus servidores com congelamento dos salários por longos oito anos, com inflação média anual de 9,1%. O presidente do Sinal, Sérgio Belsito, disse em seu discurso que começou a contagem regressiva para o fim do governo Dilma, cujas ações tem se mostrado contra o servidor público, como se os problemas de ação do Estado fossem dos servidores. Muitas falas foram direcionadas à ministra Miriam Belchior e a forma pouco sensível com que ela trata as questões relacionadas aos servidores. O presidente do Sinal-DF, José Ricardo, chamou a atenção para o fato de que nem a ministra Belchior nem a presidente Dilma governam, sem os servidores do Estado para eleger e executar as ações e iniciativas da qual Ministra e Presidente se orgulham. Disse ainda que o Estado brasileiro estava presente naquele ato em repudio ao desrespeito à remuneração de seu trabalho e que a continuar nesta toada de destruição do serviço público, o governo Dilma teria o mesmo triste fim que teve o de FHC. Clique aqui para ouvir.

Além da indignação com o Decreto 7777/2012 e da rejeição da ação da Presidente, a voz geral foi sobre a necessária união das carreiras, que, embora tenham passado vários anos disputando porções do orçamento, devem agora se unir contra o imaginário político deste governo de que o funcionário público não deve ser valorizado.

A compreensão generalizada é de que as carreiras típicas devem reagir à recente animosidade do governo Dilma em efetuar o reajuste salarial previsto na Constituição.

Notícias mais recentes sugerem que o governo pensa em dar um pequeno aumento linear para quase todos os servidores públicos, mas esta promessa parece não está disponível ao BCB. Leia mais.

O Sinal recebeu hoje, dia 30 de julho, correspondência do secretário Sérgio Mendonça pedindo para adiar a resposta para meados do mês de agosto. Entende-se que tal medida é protelatória e busca desmotivar e desmobilizar os servidores das carreiras de Estado a deixar para a última hora a apresentação de recomposição salarial. Por isto, o SINAL mantém nosso calendário de avaliação no dia 1 de agosto e assembleia no dia 2 de agosto para deliberar sobre agenda de mobilização e indicativo de greve dado pelas carreiras típicas de Estado.

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