Nossa pressão começa a fazer efeito, mas nada está garantido
Presidentes do Sinal e Sindfisco alertam Governo sobre necessidade de atender as Carreiras de Estado |
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Servidores do Banco Central fazem paralisação de 24 horas Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil Brasília – Servidores do Banco Central (BC) paralisaram hoje (8) as atividades por 24 horas. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito, a paralisação conta com a participação de 70% dos servidores que trabalham em Brasília e 90% dos funcionários das mais nove cidades. O Banco Central não tem um levantamento sobre o número de funcionários parados, mas a assessoria da instituição informou que nenhum serviço essencial foi afetado pela paralisação. A autarquia tem 4.540 servidores, sendo 2.092 lotados em Brasília. Segundo Belsito, apenas o serviço de distribuição de dinheiro está totalmente parado. Foi mantido o atendimento ao público e os demais serviços, como da área de câmbio e de operações com títulos públicos, embora com quantidade reduzida de funcionários. “A greve de hoje é de advertência. Se não for oferecida nenhuma proposta, será greve por tempo indeterminado”, disse Belsito. A greve pode tempo indeterminado poderá ocorrer a partir do dia 20. Os servidores do BC querem reposição salarial da inflação de 23,01%. De acordo com Belsito, o banco não dá aumento desde 2008. |
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Sindifisco encaminha recados ao Governo em reunião no Planejamento Como já era esperado, a força da manifestação realizada por Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e demais carreiras típicas de Estado, em Brasília (DF), obrigou o Governo a escalar um interlocutor para atender representantes das categorias. Mais uma vez, o escolhido foi o Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que recebeu as entidades no início da noite de quarta-feira (8/8). “Temos a obrigação de apresentar uma proposta nos próximos dias. O núcleo financeiro está avaliando a disponibilidade de orçamento. Ainda não há proposta. Mas o compromisso de apresentar respostas na próxima semana está mantido”, afirmou o secretário. “Não entendo como um partido com a história do PT, quando uma categoria faz uma mobilização, baixe um decreto em que coloca trabalhadores para furar greve de outros trabalhadores, numa atitude inconstitucional e com características ditatoriais. Isso é inaceitável”, avaliou Delarue, referindo-se ao Decreto 7.777/12, que autoriza a substituição de Auditores-Fiscais por fiscais estaduais, municipais e distritais ou a liberação de cargas sem fiscalização. O sindicalista antecipou que caso sejam firmados os convênios previstos no Decreto – que ele considera uma intervenção na RFB – os Auditores vão cruzar os braços dentro da repartição para fiscalizar a atuação dos seus substitutos. “O trabalho na RFB não é simples. O comércio exterior tem muitas peculiaridades. Caso observemos algum desembaraço mal feito, faremos denúncia formal ao Ministério Público, responsabilizando o agente e o Estado. Não seremos os petroleiros da Dilma”, afirmou. Delarue também adiantou que a Classe não admitirá retaliações a sua mobilização, em especial ameaças a Aduana. “Se houver alguma tentativa de separar a Aduana, iremos para a guerra, e, com certeza, ambos os lados sairão muito feridos”, disparou. Para o presidente do Sindifisco, o Governo também não deve apostar na postergação da negociação, acreditando que a mobilização se encerrará em virtude do prazo para a apresentação de PL (Projeto de Lei) com reajustes para os servidores, dia 31 de agosto. “Vamos propor uma Assembleia no dia 4 de setembro para avaliar a proposta do Governo, com indicativo de continuidade da greve, caso ela não seja satisfatória. Nosso movimento vai continuar, e o Governo vai sentir. Não será aceito reajuste zero. Exigimos tratamento condizente com a importância das nossas atividades”, finalizou. Atendendo ao pedido das carreiras típicas, a deputada Marina Sant’Anna (PT/GO) acompanhou a reunião e informou sobre a preocupação da sua bancada diante do impasse. “Estamos preocupados e ansiosos para que haja um acordo entre as categorias e o Governo, porque o desgaste é enorme”, ponderou. Delarue solicitou que a parlamentar explicasse à sua bancada que as carreiras típicas de Estado estão dispostas a negociar. “Se há radicalização, ela parte do Governo, que está agindo de forma irresponsável ao deixar a situação chegar a esse ponto”, concluiu, com apoio dos representantes das demais carreiras. Fonte: Unafisco Sindical Texto: Aline Matheus |