Às colegas do Banco Central e à equipe feminina do Sinal
O Sinal, neste Dia Internacional da Mulher, traz uma homenagem às nossas colegas de trabalho e de organização sindical com o jeito brasileiro de ser. Chiquinha Gonzaga, mulher à frente de seu tempo, como muitas outras, aqui e em outros países, dedicou sua vida à transformação do ser humano e do mundo. Frente ao preconceito e à adversidade utilizou-se de sua carreira, a de maestrina, para transmitir força ‒ com alegria ‒ ao nosso cotidiano.
A frase, acima, foi sua resposta ao primeiro marido, quando este lhe impôs a opção de escolher entre ele o violão (naquele momento Chiquinha, a bordo de um navio, estava sem o piano). Ela optou pela segunda proposta.
Tornou-se, então, uma das mulheres mais guerreiras da história do Brasil. Além da afirmação de sua capacidade artística e intelectual, e pelo prazer de participar dos círculos artísticos, então majoritariamente masculinos, engajou-se nas lutas abolicionista e republicana. No início do século 20, defendeu também os direitos de sua categoria, fundando com outros autores, como Oduvaldo Vianna, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
Ao exigir, em marchinha eterna, a abertura de alas para passarmos Chiquinha provou – e ainda prova – que nós, brasileiras – e brasileiros – gostamos de ser formigas e cigarras, em harmonia necessária à manutenção da leveza cotidiana.
Como diz sua biógrafa, Edinha Diniz,
“(…) a conquista de direitos por parte da mulher foi a luta mais bem sucedida do século XX e Chiquinha tem um papel nessa história. Mesmo considerando a história mundial, nos impressiona a antecipação com que ela viveu a liberdade pessoal. Chiquinha Gonzaga foi uma mulher do século XXI vivendo no século XIX”.