Paralisação hoje, a partir das 12h (Boletim nº 402)
PARALISAۂO HOJE
QUINTA-FEIRA
A PARTIR DAS 12H
(ASSEMBLIA ·S 12H)
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Os servidores do Banco Central em SÆo Paulo, em assembl‚ia ocorrida ontem, avaliando e discutindo os resultados da reuniÆo da Mesa de Negocia‡äes, ocorrida dia 27/7, DECIDIRAM:
a.ÿÿÿÿÿ ÿÿ aprovar, por ampla maioria, com 4 votos contra e 10 absten‡äes, a proposta de greve nacional de advertˆncia na pr¢xima ter‡a-feira, 3/8.
b.ÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿ aprovar, com 71 votos a favor, 44 contra e 32 absten‡äes, paralisa‡äes parciais di rias, a partir das 12 horas, iniciando-se hoje, 29/7, at‚ segunda-feira, v‚spera da greve. A proposta aprovada contempla, tamb‚m, a realiza‡Æo de assembl‚ia logo no in¡cio da paralisa‡Æo.
O sentimento dos presentes … assembl‚ia, expresso nas vota‡äes, ‚ a de que temos todos que construir um forte movimento de protesto, manifestando a nossa indigna‡Æo pela ausˆncia de vontade pol¡tica do governo em atender minimamente as nossas reivindica‡äes. Piorar uma proposta que j era muito ruim foi a gota dï gua, esgotou a paciˆncia e a boa-vontade dos servidores. O impasse a que chegamos ‚ resultado da posi‡Æo intransigente dos representantes do governo que, sistematicamente, na reuniÆo de 27/7, afirmaram a disposi‡Æo de nos impor um ano inteiro (2005) sem reajuste e sem negocia‡äes. A hora de reagirmos a mais esta provoca‡Æo ‚ agora.
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Union
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Union ‚ a palavra inglesa utilizada para designar o que conhecemos por Sindicato. Suaÿ origem, ¢bvia, ‚ a uniÆo dos trabalhadores que, no in¡cio do s‚culo passado, come‡aram a se organizar para lutar pelos seus direitos.
O movimento sindicalista teve in¡cio nas classes oper rias que, historicamente, sempre foram menos beneficiadas no processo de apropria‡Æo da riqueza produzida. Talvez alguns pensem que, por serem os oper rios cidadÆos de um mesmo n¡vel s¢cio-econ“mico, tal uniÆo tenha sido mais f cil, mas nÆo foi. E nÆo foi porque, naquela ‚poca, a repressÆo …s associa‡äes sindicais era pela for‡a bruta. A despeito de pancadas, ossos quebrados e at‚ mesmo muitas mortes (lembramos, aqui, os m rtires de Chicago, cuja luta ‚ lembrada a cada 1§. de Maio), essas entidades se desenvolveram, conquistaram seu espa‡o e se transformaram no principal, se nÆo £nico instrumento de luta e de negocia‡Æo dos trabalhadores com seus paträes. Dizemos £nico em vista do que se tornou o Poder Judici rio brasileiro, com esdr£xulas vota‡äes em que interesses pol¡ticos sÆo privilegiados em detrimento da aplica‡Æo das leis.
Nesse contexto, devemos lembrar como, politicamente, surgiu e cresceu o atual Presidente da Rep£blica, empunhando a bandeira dos trabalhadores e utilizando-se de sua uniÆo para negociar com seus paträes e para lutar contra a ditadura militar entÆo instalada no Pa¡s. Tal luta, exemplar em todos os sentidos, culminou, dois anos atr s, com sua elei‡Æo para Presidente. O que demonstra, de forma singular, o poder da uniÆo.
O que se verificou nos £ltimos dois anos, contudo, ‚ que, ao derrubar as barreiras que separavam o reivindicador do poder, esse sindicalista tamb‚m se esqueceu de quem o levou ao cargo m ximo do Poder Executivo, e, conhecendo melhor do que ningu‚m o outro lado da mesa, vem tentando, a todo custo, desnorte -lo e derrot -lo.
Nessa "missÆo", apesar de todos os artif¡cios que poderiam ser aqui enumerados, s¢ uma arma foi utilizada: a desuniÆo. O Presidente e seu governo sabem que a uniÆo ‚ o £nico trunfo ao alcance das classes menos favorecidas, e vˆm colocando a sociedade contra os aposentados e funcion rios p£blicos, os sindicatos contra as centrais de trabalhadores e at‚ mesmo o partido pol¡tico pelo qual se elegeu contra os parceiros que o ajudaram nessa empreitada, quando estes, em nome de sua honra ou integridade, recusaram-se a trilhar os passos de uma pol¡tica traidora de seus princ¡pios e compromissos eleitorais.
O objetivo de tal atitude ‚ claro, senÆo ¢bvio: enfraquecer seus advers rios. Assim como o Presidente, seus subalternos – ministros e cargos de confian‡a – vˆm, com a mesma estrat‚gia, tentando minar os alicerces de seus contendores. NÆo poderia ser diferente aqui no Banco Central. Ora, se o diretor de administra‡Æo conseguir colocar os servidores contra seu pr¢prio sindicato, nÆo haver contra quem lutar. NÆo haver quem convoque assembl‚ias ou organize greves, e, se estas ocorrerem, nÆo terÆo a for‡a e a unidade necess rias. Extingue-se a uniÆo, o poder de negocia‡Æo.
Em qualquer f brica nÆo h s¢ oper rios. H ferramenteiros, torneiros, pilotos de empilhadeira, office-boys, secret rias, contadores, auxiliares de escrit¢rio, administradores, engenheiros, faxineiros, eletricistas e mais uma infinidade de cargos d¡spares, com sal rios e fun‡äes distintas, pass¡veis de modifica‡äes diferenciadas quando de reestrutura‡Æo ou negocia‡Æo salarial.
No Banco Central nÆo ocorre nada muito diferente. No mais recente PCS, tivemos classes que obtiveram aumentos diferenciados, decorrentes das regras impostas pela pol¡tica de recursos humanos do governo federal. E a¡, como a circunstƒncia ensejava, decidiram que nada melhor do que um PCS rec‚m implementado para colocar os “antigos” contra os “novos”. E neste PCS que ora discutimos, tamb‚m haver diferencia‡Æo. Desta vez, o diretor de administra‡Æo busca colocar os “novos” contra os “antigos”, e todos contra os inativos, que nÆo tˆm a mesma capacidade e condi‡äes de luta e mobiliza‡Æo dos ativos. · vista do que j ocorreu com a Receita e o INSS, ‚ uma t tica que aparentemente vem dando resultado para o governo, que tenta aplicar a receita aqui no Banco Central porque, como diz a sabedoria popular, em time que est ganhando nÆo se mexe.
Mas, alto l ! Esquecem-se aqueles que se deixam engabelar com esse engodo. Pois, tÆo certo como a obriga‡Æo de declarar rendimentos anualmente, ‚ o fato que, em breve, os “novos” serÆo “antigos” e, depois, inativos. Com menos direitos que os inativos de hoje que, por sua vez, os tˆm menos ainda que os aposentados celetistas de ontem.
Ser que apenas pela tica, por nossos padräes morais mais elevados, dever¡amos nos sacrificar, lutando pelos direitos daqueles que j se aposentaram? Afinal, nÆo ‚ c“modo pensar que, se temos uma regra definida para a nossa futura aposentadoria, em nada nos afetar a redu‡Æo dos direitos dos atuais aposentados?
A questÆo pode parecer apenas ‚tica. Mas nÆo ‚. A questÆo ‚ que esses nossos colegas, j em gozo de seus benef¡cios previdenci rios, tamb‚m tinham regras definidas.
Se nÆo lutarmos hoje pelo cumprimento dos compromissos de ontem, amanhÆ os compromissos assumidos hoje de nada valerÆo, pois entÆo at‚ mesmo qualquer resqu¡cio de uma conduta ‚tica j ter desaparecido.
Todos sabemos que o resultado das negocia‡äes ora em curso nÆo ser exatamente aquele que queremos, quer se pense em termos coletivos, quer em n¡vel individual. A nossa sociedade e sua representa‡Æo pol¡tica nÆo ‚ perfeita, mas sabidamente ‚ a melhor que o melhor dos nossos esfor‡os, ao longo da hist¢ria, conseguiu. Assim, longe de nos considerarmos perfeitos e infal¡veis, pois ningu‚m o ‚. · constata‡Æo de que jamais poderemos contentar todos, ‚ nosso dever perseverar na cren‡a que nos anima: s¢ conseguimos avan‡ar quando unidos. Se nos dispusermos a enfrentar essa luta unidos, teremos mais chance de obter mais para cada um e muito para todos. Desunidos, nÆo teremos nada.
Conselho Regional – SINAL-SP
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AۂO JUDICIAL DA CPSS DOS INATIVOS E PENSIONISTAS
Como divulgado, o SINAL-SP est providenciando a‡äes judiciais para tentar barrar a cobran‡a da CPSS dos inativos e pensionistas do RJU. A tentativa de impetrar um £nico mandado abrangendo 245 autores foi recusada pela Justi‡a (embora outra tenha sido aceita, abrangendo 21 pessoas. Tal a‡Æo, diga-se de passagem, teve a liminar deferida no dia 26/7, cujos integrantes abaixo relacionamos), pelo que, no dia de ontem, 28/7, ingressamos com 25 grupos de 10 pessoas. Ato cont¡nuo, dia 26/7, o SINAL-SP ingressou como substituto processual, agora contra o Gerente Administrativo Regional do Banco Central. Infelizmente, o juiz indeferiu a medida liminar. Brevemente, no portal do SINAL, em “Informativos – Boca Paulista”, transcrevermos essa decisÆo.
SÆo estes os participantes do grupo que obteve a liminar (Processo n§ 2004.61.00.020560-1- 9¦ Vara C¡vel Federal):
Antonio Louren‡o Filho, (2) Araci Lopes, (3) Cl udia Broetto, (4) David Gomes Dias, (5) D‚rvio Rondon Carmelingo, (6) Edson Francisco Ferreira Ramos Bartelega, (7) Eliane Gon‡alves, (8) Francisco Hikoharu Yoshida, (9) Irma Yoshie Sano Uchima, (10) Ivani Marchelle Marques de Souza, (11) Jayme da Silva, (12) Jos‚ Carlos Alevi, (13) Leandro Nico dos Santos, (14) Luiz Carlos Lisboa da Costa, (15) M rcia Pegoraro de Oliveira Campos, (16) Nair Hama Okazuka Koshiyama, (17) Neuza Alves Tomaz, (18) Paulina Satoko Saito Essaki, (19) Ricardo Martins, (20) Sueli Martins ScaleÆo, (21) Vera L£cia Novaes Ramos.ÿÿÿ