Edição 72 – 2/6/2015

Reunião entre Sinal e BCB termina sem resultados concretos


Frente às demandas dos servidores, representante da presidência apenas afirma que “a diretoria tem trabalhado no limite de suas competências legais”

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Apesar do pedido de audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (Apito 68), os diretores do Sinal Jordan Alisson (Assuntos Jurídicos), Luís Carlos Paes de Castro (Relações Externas) e Rita Girão (Ações Estratégicas) foram recebidos na tarde desta segunda-feira, 1º de junho, pelo Secretário Executivo da casa, Sr. Márcio Ayrosa, e pelo Chefe de Gabinete da Presidência, Sr. Maurício Costa.

No encontro, os representantes do Sinal reafirmaram a importância dos servidores do Banco Central como carreira estratégica para o Estado brasileiro e apresentaram as demandas dos servidores. Não se trata apenas de uma negociação salarial, mas do reconhecimento da contribuição que o conjunto dos servidores do Banco Central (analistas, procuradores e técnicos) traz para a sociedade brasileira.

Os diretores do Sinal expuseram os pleitos da categoria: aprovação da PEC-147-A, que assegura aos integrantes dessa casa remuneração compatível com a de cargos correlatos em importância para o Estado brasileiro, como magistrados e membros do Ministério Público; correção imediata de distorções remuneratórias internas, com o equilíbrio remuneratório entre Procuradores e Analistas, cargos fundamentais para o desempenho da missão institucional do Banco Central; recuperação da equivalência histórica da remuneração dos técnicos em 50% da remuneração dos Analistas; modernização da carreira de Especialista, compromisso formal do governo que deve ser honrado; reajuste salarial para os celetistas reintegrados e direito à permanência destes colegas no PASBC após a aposentadoria; nomeação de todos os aprovados no último concurso.

Como condições imprescindíveis para o desempenho de nossas atribuições também foi reafirmada a necessidade de correção dos valores de verbas indenizatórias, como as diárias e indenização de transporte, esta congelada em R$17,00 desde 1998.   Igualmente necessária é a correção dos valores dos benefícios de auxílio alimentação e pré-escolar, entre outros, trazendo-os a valores semelhantes ao concedidos nos poderes Legislativo e Judiciário.

Ainda no que se refere aos assuntos internos, trouxemos a necessidade de rápida solução para o acordo do reajuste de 28,86% e o imediato pagamento dos quintos.

Quanto à pauta conjunta dos servidores públicos, sobretudo o reajuste linear de 27,3%, reafirmamos que o ajuste fiscal em curso não pode ser colocado como empecilho. Como afirmado no Apito 67, mesmo com a concessão desse reajuste estaremos sofrendo um arrocho salarial.

Questionados sobre a força e influência política de uma instituição como o Banco Central, cujo presidente compõe o Conselho Monetário Nacional ao lado dos Ministros da Fazenda e do Planejamento, os representantes da Presidência afirmaram que compreendem a importância das reivindicações apresentadas e argumentaram que trabalham “no limite de suas competências legais” para atender às demandas, mas que não possuem a “caneta” para decidir em favor dos servidores.

O real empenho da direção da casa e, sobretudo do presidente Tombini, só poderá ser aferido pelos resultados concretos alcançados.

Na falta deles, junte-se a nós e faça um movimento forte.

 

 

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