Edição 14 – 19/2/2014

Reunião Sinal / Administração do BCB – 1


Conforme anunciado, o Sinal se reuniu, ontem, no final da manhã, com a administração do BCB.

Representando o presidente Alexandre Tombini – a quem a audiência havia sido solicitada – participaram, pela administração: os diretores Altamir Lopes e Luis Edson Feltrim, o secretário-executivo Geraldo Magela, Nilvanete Costa (chefe do Depes), David Falcão (chefe da Aspar) e Felipe de Vasconcelos Pedrosa (PGBCB).

Pelo Sinal, participaram: o presidente Daro Piffer, os diretores Eduardo Stalin, Jordan Pereira e José Leite e o presidente da regional Brasília, Max Meira.

Foram tratados praticamente todos os pontos da pauta específica dos servidores do Banco Central, reapresentada, esta semana (Apito 12), e um ponto da pauta geral, relacionado ao reajuste dos benefícios.

Afirmou a administração, neste particular, que tem pleiteado, seguidamente, a representantes do Ministério do Planejamento, a concessão do reajuste, em especial o relativo à indenização de transporte, R$17,00 congelados desde o governo FHC, e às diárias de viagem.

Muito se conversou sobre a pauta específica, nada se vislumbrando, no entanto, de concreto, no momento, a favor dos representados pelo Sindicato, a não ser uma remota possibilidade de empenho da administração no que concerne à reaproximação  do subsídio dos Técnicos à paridade de 50% do subsídio dos Analistas, perdida, em 2008.

Instada pelo Sinal a que o Banco atuasse como parceiro do Sindicato nas discussões com o governo federal, que envolvam o equilíbrio e a melhoria da remuneração dos servidores da casa (ver pauta), alegou a administração que não pode se comprometer com tais questões, dado o atual momento de dificuldades de natureza macroeconômica por que passa o país, que implicam, por exemplo, em um novo ajuste fiscal. Não seria possível para o Banco, isoladamente, defender incremento salarial para os servidores, o que traria impacto financeiro sobre as contas do governo.

Vamos interromper por aqui o nosso relato – o Apito volta, mais tarde, com outros detalhes – compartilhando uma pergunta antiga e conhecida, levantada pelos participantes do Sinal após a reunião:

Quem, então, vai ficar ao lado dos servidores do BCB, em suas justas reivindicações, que dizem respeito ao reconhecimento, na prática, da excelência dos serviços prestados pelos Especialistas e Procuradores da autoridade monetária, servidores esses diretamente responsáveis, em razão de sua capacidade e de seu compromisso público, pelos significativos resultados alcançados pela autarquia?

E a resposta é óbvia e não menos antiga: uma vez mais, nosso destino se encontra exclusivamente em nossas mãos!

Vamos, obviamente, voltar à carga com a administração do BCB, sempre lembrando aos seus componentes, e nossos colegas, que, antes de ser (parte do) governo constituído, eles são também servidores públicos, não podendo se omitir, de modo algum, em relação aos problemas que afligem a todos.

Enquanto isso, a mobilização é a palavra de ordem, a ação conjunta e firme do mais expressivo contingente de colegas do Banco, em associação com os demais servidores públicos federais, organizados nas entidades congêneres ao Sinal, é o único meio capaz de barrar a perversa corrosão de nossos salários: o corrosômetro demonstra que, descontando o aumento de 15,8% em implantação, a defasagem já alcança 26,5%, de 2008 para cá, devendo bater entre 9 e 10% somente no governo da presidente Dilma.

A luta apenas (re)começa!

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