Edição 79 – 19/5/2020

Secretário do Ministério da Economia defende arrocho sobre funcionalismo; Frente Parlamentar alinha estratégias de luta


Nem só ao titular do Ministério da Economia, Paulo Guedes, conforme destacou a edição desta segunda-feira, 18 de maio, do Apito Brasil, cabe o “mérito” por afirmações profundamente lamentáveis acerca dos servidores públicos. Ainda nesta segunda, o secretário de Política Econômica da pasta, Adolfo Sachsida, mostrou que a estratégia de jogar o funcionalismo contra a opinião pública é um modus operandi no Executivo.

“Milhões de brasileiros vão perder emprego, [ter] a renda diminuída. Nenhum deles é funcionário público. Está correto isso? Nós como sociedade vamos ter que decidir”, disse Sachsida, durante videoconferência com investidores do mercado financeiro, ao defender uma reforma administrativa e que a sociedade discuta salários e estabilidade dos servidores.

Atenta ao ambiente que tais alegações criam para a aprovação de matérias no Congresso que prejudicam a classe, a Frente Parlamentar Mista do Serviço Público alinha uma estratégia de luta unificada. Em reunião na tarde desta segunda-feira, as entidades que integram o movimento discutiram e definiram os projetos que tramitam no Congresso Nacional que serão acompanhados de perto e alvo da interlocução dos servidores, tanto em Brasília quanto nas bases estaduais e municipais

A Frente decidiu, ainda, trabalhar, neste momento de crise sanitária, pela manutenção do trabalho remoto na Administração Pública e por maior proteção aos servidores que estão na linha de frente do combate ao novo Coronavírus (Covid-19), mantendo sua atividade presencial.

Edições Anteriores
Matéria anteriorEm meio à pandemia, ameaças ao serviço público se somam; servidores mantêm mobilização
Matéria seguinteEm ofício ao BCB, Sinal requer manutenção do trabalho remoto; Fonacate avalia judicialização