Edição 35 - 27/2/2019

Senado aprova Campos Neto para a Presidência do BC


O Plenário do Senado Federal aprovou no início da noite desta terça-feira, 26 de fevereiro, o nome de Roberto Campos Neto para a Presidência do Banco Central do Brasil. Pela manhã, o indicado havia sido sabatinado e aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Além do novo presidente da Autarquia, foram aprovadas as as indicações de Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello para as diretorias de Política Monetária e de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, respectivamente.

Durante a sessão na CAE, os senadores presentes receberam e consultaram, veja as fotos, documento preparado pelo Sinal, com sugestões de questionamentos aos indicados. O presidente do Sindicato, Jordan Pereira, e o diretor de Estudos Técnicos, Daro Piffer, acompanharam a sabatina, que adentrou a tarde da terça-feira.

Em pronunciamento à Comissão, Campos Neto destacou o que chamou de “avanços da Agenda BC+” e defendeu a independência do órgão e a necessidade de reformas. Ressaltou, ainda, a efetividade do trabalho Banco Central no controle da inflação. De acordo com Bruno Fernandes, para a superação dos desafios inerentes à política monetária será fundamental o apoio dos “quadros de altíssima qualidade técnica” que integram o BC.

Custo do crédito e spread foram dois dos principais temas em discussão. O senador Álvaro Dias (PODE/PR) afirmou que é preciso uma ampla reforma no Sistema Financeiro, de modo a reduzir drasticamente as taxas de juros abusivas praticadas hoje pelas instituições. Neste sentido, Campos Neto defendeu medidas como o cadastro positivo, maior segurança jurídica e uma “reforma burocrática” no país.

Concentração e competição bancária, fintechs e demais ferramentas de inovação, entre outros pontos, estiveram em pauta na sessão.

O Sinal, desde já, buscará contato com o novo presidente, com vistas à apresentação dos pleitos da categoria. Desejamos sucesso e que os notáveis resultados alcançados pela Autoridade Monetária sejam refletidos também no reconhecimento e valorização do corpo funcional, parte fundamental neste processo, cujas principais demandas permanecem, há muito, esquecidas pela diretoria da Casa.

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