Edição 183 – 28/10/2018
Sinal 30 anos: passado, presente e futuro
Na esteira das profundas transformações sociais pela qual transitava o Brasil na segunda metade da década de 1980, nascia, mais precisamente em 28 de outubro de 1988, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central.
A efetivação do registro sindical do Sinal evidenciava dois pilares fundamentais de um novo momento: o ressurgimento da estrutura democrática no país – culminando com a Constituição Cidadã, promulgada a 5 de outubro do mesmo ano – e o êxito na convergência dos movimentos políticos e reivindicatórios do corpo funcional da Autarquia, provenientes das décadas anteriores.
O advento do Sinal, no entanto, não sugeriria um fim em si mesmo, mas a inauguração da mais forte frente de representação no BC, que, ao longo destes 30 anos, manteve-se firmemente pautada pelos ideais que respaldaram seus alicerces. Princípios que, hoje, conferem ao Sindicato o devido reconhecimento de seu papel de vanguarda no âmbito do serviço público federal.
Enfrentamentos para que este vitorioso legado fosse forjado, não faltaram. Tampouco a disposição dos milhares de filiados que protagonizam, dia a dia, a história de luta de nossa representação sindical. Propulsores de mobilizações marcantes, que consistiram no condão degrandes conquistas, assim como da reversão de cenários extremamente desfavoráveis em negociações com o governo, em diversos momentos.
Atuação que sempre buscou reverberar a voz da categoria, nas mais variadas instâncias de interlocução e amparada por assembleias regionais, nacionais ou pelas 27 Assembleias Nacionais Deliberativas (AND), nossa instância máxima, até aqui.
A história do Sinal se confunde com a do BC, pois se este mostra-se ao longo da sua existência imune à ingerências políticas, foi aquele que se expôs contra a vontade de alguns presidentes da Autarquia, que tentaram trazer quadros externos para seu seio. O constante esforço pela valorização da instituição e de seu efetivo como agentes de excelência, em busca de um Sistema Financeiro justo, em linha com os anseios da complexa sociedade brasileira, impulsionou o reconhecimento nacional e internacional da qualidade ímpar de nossa Instituição.
A garantia legal do Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC), com sua inclusão na Lei 9650/98, a paridade entre ativos e aposentados com o estabelecimento da remuneração por subsídio e a manutenção de um patamar salarial entre os melhores do serviço público não são manás caídos do céu e nem nos foram concedidos graças à extrema bondade dos governantes e seus prepostos. Foram, isto sim, frutos de muitas campanhas vitoriosas, onde sindicato e servidores, ombro a ombro, mostraram a todos, e a si mesmos, que, unidos em uma só disposição, possuem força descomunal.
Nem só as glórias e as conquistas escreveram nossa história. Ela também foi construída, assim como a vida de cada um de nós, de adversidades e de reveses, mas por piores que tenham sido esses momentos, a certeza de que um novo dia se mostraria ao final da escuridão da noite, nos alimentava a alma de esperança e força para retornar à luta.
Novos desafios já se mostram. Diante da robustez dos mais recentes ataques a que o funcionalismo vem sendo submetido, faz-se imprescindível olharmos para o nosso passado, de modo a nos situarmos na história, e, com base nas experiências que trouxeram o Sinal até aqui, seguirmos traçando um caminho virtuoso.
Parabéns a todos nós! E que sigamos unidos, consolidando o passado e edificando o futuro.
Jordan Alisson Pereira
Presidente do Sinal