Edição 120 – 18/9/2014
Sinal presente na “V Semana de Cultura Organizacional” do Banco Central
Na oportunidade, presidente Alexandre Tombini responde a alguns questionamentos enviados por servidores e selecionados previamente.
Na manhã desta quarta-feira, 17 de setembro, conselheiros regionais e os diretores de Comunicação e Relações Intersindicais do Sinal, Gustavo Diefenthaeler e Iso Sendacz, respectivamente, representaram o Sindicato no evento da “V Semana de Cultura Organizacional” do Banco Central, que ocorreu no edifício sede do BC, em Brasília, com transmissão pela TV Bacen para as representações da autarquia. Na oportunidade, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, respondeu a alguns questionamentos enviados e selecionados previamente.
O Sinal, conforme noticiamos no Apito 116, formulou diversas questões que foram, várias delas, abordadas na fala do presidente Tombini, sem, entretanto, firmar compromisso com a resolução de nenhuma delas.
Questionado sobre a autonomia do Banco Central, assunto em destaque na corrida eleitoral, o presidente manteve o discurso já exposto à grande mídia. “Temos trabalhado com independência operacional de fato, caso contrário, eu não estaria à frente do Banco”, afirmou, lembrando que o órgão supervisiona, inclusive, entidades sob o controle do Estado. “Se não houvesse autonomia, este trabalho seria impossível”, concluiu. Sobre o debate, Tombini afirmou que o sindicato representativo (Sinal, no caso) já havia se manifestado em defesa dos servidores e preferia não entrar nessa disputa eleitoral.
Outro assunto em pauta foi a comparação entre remunerações das carreiras que compõem o Banco e com outros órgãos. O presidente afirmou que os procuradores estão equiparados à AGU, mas sobre a remuneração para o cargo de especialista, uma atividade fim do BC, frisou apenas que a diretoria intercede constantemente junto ao governo para que os salários estejam sempre próximos ao de outras carreiras no topo do funcionalismo público. Tombini tentou atenuar a diferença salarial entre servidores do Bacen e de outros órgãos – Receita Federal e Polícia Federal, por exemplo – afirmando que, em contrapartida, a autarquia possui planos de saúde e programas de capacitação ao efetivo. Também transferiu à responsabilidade de outros órgãos da Adminsitração federal a atualização dos valores dos benefícios e indenizações dos servidores.
Sobre a reposição do quadro de servidores no Banco Central, Tombini reconheceu a necessidade de novas convocações, afirmando que mantém contato com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e que ela também se “sensibiliza” com a situação da autarquia, mas que, infelizmente, está sujeita ao orçamento. Garantiu que a tendência é dobrar o número de convocações já realizadas para os aprovados no último concurso, não deixando claro se este “dobro” seria outros 250 ou 500 servidores, a partir do próximo ano. Outros assuntos abordados foram questões de matriz financeira, sistemas de informação dentro da rotina de trabalho no BC e a representatividade do Banco no exterior.
O Sinal reconhece a disposição do presidente Alexandre Tombini em sanar dúvidas dos servidores, porém acredita que, como responsável por milhares de trabalhadores, a diretoria do Banco Central do Brasil deveria tomar partido da causa dos servidores de maneira mais incisiva e não se ausentar em defendê-los em questões fundamentais ao bom funcionamento da autarquia.