“Estamos em época de ajustes no PASBC no intuito de recuperar a sua viabilidade financeira. No dia 1/5 teremos o 1º incremento na contribuição. O 2º será no próximo ano. E, a cada 3 anos será realizado novo cálculo atuarial, a partir do qual a contribuição poderá aumentar ou diminuir. Para não aumentar, a velocidade de crescimento da despesa precisa diminuir, pois a da receita está dada pelo nosso reajuste salarial.

“Como fazê-lo? Através de medidas de gestão (para diminuir o custo da compra de materiais como próteses, por exemplo), de prevenção de doenças e de promoção de saúde.

“O Bacen sabe disso. Tanto que elaborou um projeto com várias medidas nesse intuito – como divulgado no périplo do chefe do PASBC pelas regionais. O problema é que a sua realização depende de recursos (escassos). E o prazo para implantação a partir da sua aprovação é de 3 anos. Ou seja, ainda não terá surtido efeito quando do próximo cálculo atuarial.

“Assim, pode-se esperar um novo aumento da contribuição. E o incentivo de sair do Programa em busca de opções mais baratas torna-se uma realidade. Com o primeiro aumento, vários colegas já estão migrando seus filhos pequenos para planos privados. Imagina no 3º… A tendência no tempo é ficar apenas aqueles onde essa migração não é mais possível por conta da idade mais elevada.

“Acaba assim o caráter solidário do Programa de Saúde – os mais novos financiando os de mais idade.

“E fica a questão: os que ficaram terão condições de pagar essas contribuições crescentes? Pagaram por toda uma vida e quando mais precisarem terão condições de pagá-lo? Isso é justo?

“Por isso precisamos lutar pela implantação desse projeto – de melhoria de gestão, prevenção de doenças e promoção de saúde – o mais rápido possível!!! E que esse seja o primeiro dos muitos projetos nesse sentido.