Edição 043 - 28/05/2020

VOCÊ GOSTARIA DE TER UM LUGAR NA TERCEIRA CLASSE?

O grande circo místico

Existem momentos na história em que a realidade se mostra dura demais para que algumas pessoas consigam simplesmente se sentar e analisar racionalmente o que se passa à sua frente.

A falta de perspectiva, a incerteza sobre o futuro ou simplesmente o sentimento de impotência diante de um mundo que não controlamos mais fazem muitas pessoas, independente de escolaridade ou do nível social, abdicarem rapidamente do pensamento racional e substituí-lo pela crença absoluta em um “salvador da pátria”.

Uma forma de pensamento que só podemos considerar como místico, visto a virulência com que é defendido, pignorando qualquer realidade.

Compreensível? Sim.

Desculpável? Não.

A não ser em manicômios, a fuga da realidade nunca foi um bom negócio, exceto, claro, para os seus donos.

Estes sempre souberam que poderiam lucrar muito dinheiro gerindo a loucura alheia.

Os pacientes não podiam reclamar de nada e os pagantes queriam pagar para simplesmente se livrar de um “problema” incômodo.

Foi necessária uma reforma racional na Medicina para restabelecer o óbvio: até loucos têm direitos!

Mas para isto era preciso que os “normais” os defendessem.

Desde a redemocratização de 1989, as eleições presidenciais em nosso país se caracterizam pela busca irracional de “Salvadores da pátria”: Collor, FHC, Lula e recentemente Bolsonaro.

Todos, independentemente do viés político, são provas inequívocas desta paixão nacional pelo culto à personalidade.

O “salvador da pátria” não fala bobagens, é mal interpretado.

Ele não precisa ser democrático, basta combater os “inimigos” da sociedade.

Ele não precisa sequer apresentar um projeto factível à sociedade para ser eleito, deve apenas ser deixado em paz para trabalhar, porque ele sempre achará uma solução para qualquer problema que apareça.

Afinal, ele é um iluminado.

Vivemos numa sociedade onde a construção social mostra que a participação política não é só malvista,  uma vez que é propícia à corrupção, como também é relegada pela maioria das pessoas.

De certa forma, este sentimento estaria intrinsecamente relacionado à aversão ao que é público, comunitário, ou seja, aos próprios serviços públicos.

E, por outro lado, temos a valorização da perseguição de metas, questões particulares ou corporativas.

A efetividade do grande circo místico está relacionada à falta de participação efetiva dos membros da sociedade, enquanto cidadãos, na vida política.

O resultado é a realidade de um país em que os partidos políticos são clubes fechados que movimentam bilhões em recursos públicos ao seu bel-prazer, enquanto clubes de futebol (outra paixão nacional) atraem cotidianamente a atenção de milhões de pessoas.

Queremos ter todos os nossos direitos, mas não temos nenhuma preocupação com as instituições que teoricamente deveriam defendê-los (entregues graciosamente aos interesses e desmandos dos políticos de plantão).

Como cantava Renato Russo em ”Que país é esse? ”: “Ninguém respeita a Constituição… Mas todos acreditam no futuro da nação”.

O atual governo, na mesma linha do anterior, instituiu o seu pensamento místico oficial de que apenas a iniciativa privada nos salvará.

Os problemas da nação são frutos do Estado e do Funcionalismo Público.

Não todos os Funcionários, existem os de estimação: os policiais e os militares, que têm, disparados, o maior déficit previdenciário per capita, não seriam problemas.

Estes podem ter aumento e ter suas filhas solteiras subsidiadas pelo Estado até o fim das suas vidas (!?).

Os “supersalários” acima do teto constitucional do Judiciário e do Legislativo seriam um problema, mas sabe como é que é, melhor não mexer (!?).

Não tem jeito, o inferno somos nós!

Ganhamos demais, trabalhamos de menos, somos parasitas da nação.

A não ser é claro que você receba um DAS e vá trabalhar para o governo.

Já estes trabalham muito e são exemplos de dedicação (!?).

Como vimos pelo vídeo da reunião ministerial de 22.4.2020, não há planos ou projetos.

Vivemos uma pandemia global e uma perspectiva catastrófica em nossa economia e as falas da reunião se resumiam a devaneios e paranóias movidos à força de xingamentos.

A tradução do congelamento salarial pelo ministro Paulo Guedes foi estarrecedora:

“Conseguimos colocar uma granada no bolso do inimigo! ”.

O Sinal-RJ é uma instituição sindical.

O seu objetivo é a defesa dos direitos trabalhistas dos Servidores do Banco Central do Brasil, prioritariamente sob a ótica da sua base no Rio de Janeiro.

Os nossos compromissos foram estabelecidos no Programa da Chapa eleita pelos nossos associados.

Não podemos dele nos dissociar, e muito menos da realidade que enfrentamos.

Infelizmente ser fiéis a estes compromissos tem significado se proteger em tempo integral das agressões do governo dirigidas contra a nossa Categoria.

Apesar do fracasso retumbante da sua gestão, o ministro Paulo Guedes já demonstrou que somos uma obsessão em sua vida.

Quem vocês acham que na visão dele deve pagar a conta da pandemia?

E apesar disto, recebemos algumas reclamações de alguns colegas que acreditam que não deveríamos nos opor ao governo.

Não menosprezamos a opinião de ninguém, mesmo quando não são filiados ou sejam de outras Regionais.

Todas têm o nosso respeito, mas, sinceramente, o que podemos responder a estes colegas?

A realidade é cristalina.

Como não contestar um governo que nos agride diariamente ao buscar incessantemente reduzir nossos salários, degradar as nossas atividades e nos entregar à aberta perseguição ministerial?

Aos colegas que acham que nada vai acontecer se o Sindicato ficar quietinho, alertamos que estão se iludindo.

Estão apenas garantindo um lugar na terceira classe do circo do governo.

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Em português coloquial: ñ é hora de abrir nada!

O preço desta irresponsabilidade será pago em dezenas
de milhares de vidas.
  (Miguel Nicolelis on Twitter)

https://twitter.com/MiguelNicolelis/status/1265829348499742720?s=08

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Covid-19: mais de 60% estão estressados com o trabalho em casa

Pesquisa feita pelo LinkedIn, maior rede profissional do mundo, ouviu 2 mil pessoas. Um dos pontos do estudo diz que 68% dos brasileiros que estão em casa têm trabalhado de uma a quatro horas a mais por dia.

A adoção em grande escala do home office [escritório em casa] em função do isolamento social para conter o novo coronavírus tem afetado a saúde mental de profissionais brasileiros.

Uma pesquisa do LinkedIn, que ouviu 2 mil pessoas na segunda quinzena de abril,  indica que 62% estão mais ansiosos e estressados com o trabalho do que antes. O LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo.

O levantamento mostrou, também, que, para o brasileiro, a falta de interação com colegas de trabalho tem sido impactante: 39% dos entrevistados se sentem solitários, 30% se confessam estressados pela ausência de momentos de descontração no trabalho e 20% sentem-se inseguros porque têm dificuldades em saber o que está acontecendo com seus colegas de trabalho e a empresa onde trabalham.

Por outro lado, a falta de interação com os colegas e a redução das interrupções relacionadas ao ambiente do escritório fazem com que 33% considerem que estão mais produtivos.

Não é só a saúde mental que está sendo afetada. A física também sofreu impacto com a chegada da quarentena: 43% dos entrevistados estão se exercitando menos e 33% disseram ter o sono afetado negativamente.

Horas extras

O home office também tem significado horas extras de trabalho para muitos profissionais. Segundo o estudo, 68% dos brasileiros que estão em casa têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia, com alguns profissionais chegando a trabalhar até quatro horas a mais/dia (21%).

Além das horas extras, trabalhar em casa impõe outro desafio para os profissionais: desligar-se das atividades do trabalho. A pesquisa revelou, ainda, que 24% se sentem pressionados a responder mais rapidamente e estar online por mais tempo do que normalmente estariam.

A preocupação de se mostrar ocupado com o trabalho tem relação com o medo de perder o emprego, destacado por 18% dos entrevistados.

Essa pressão também faz com que os profissionais adotem algumas posturas para mostrar que, mesmo em casa, estão labutando muito, levando 27% a enviar e-mails fora do horário do expediente.

Desafios do trabalho em casa

Além das preocupações com as atividades do trabalho, a necessidade de conciliar o trabalho com a atenção à família e, ao mesmo tempo, gerenciar a preocupação com o avanço do coronavírus representam desafios em casa.

O estudo mostra, também, que 34% acabam por se distrair ouvindo ou assistindo notícias sobre a covid-19, 20% enfrentam dificuldades para conciliar o trabalho e o cuidado com os filhos e 22% consideram desafiador trabalhar com o parceiro em casa.

Mesmo que com impactos negativos em algumas áreas, o trabalho remoto trouxe benefícios em outros aspectos. Os entrevistados indicam ganhos na convivência familiar: 59% afirmam que, com a quarentena, o tempo de qualidade com a família aumentou. Outro ponto positivo foi a adoção de uma alimentação mais saudável, apontada por 32%.

Retorno ao trabalho

A expectativa é que a volta para o escritório implique em mudanças de comportamento, tanto nas relações pessoais e aspectos emocionais quanto no uso de recursos tecnológicos.

Quando voltarem ao trabalho, 52% acreditam que os contatos com os colegas serão mais frequentes, 41% apostam no uso mais intenso da tecnologia e 28% acreditam que a ansiedade vai diminuir por poderem interagir com outras pessoas ao voltar para o escritório.

Fonte: https://www.opovo.com.br/coronavirus/2020/05/27/covid-19–mais-de-60–estao-estressados-com-o-trabalho-em-casa.html

 

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